O Governo de Santa Catarina encerra 2025 com R$ 5,5 bilhões em investimentos, aplicados principalmente em Saúde, Educação, Infraestrutura e Segurança Pública. Os números ainda são parciais e podem ser ajustados até o fechamento de dezembro, mas indicam que o Estado deve superar em R$ 1,1 bilhão o volume investido em 2024, quando foram aplicados R$ 4,4 bilhões, representando um crescimento de 25%.
Desde o início da atual gestão, o total investido soma R$ 12,8 bilhões, sendo R$ 2,9 bilhões em 2023, R$ 4,4 bilhões em 2024 e ao menos R$ 5,5 bilhões em 2025. Os valores não incluem despesas com custeio ou folha de pagamento. Apenas na área de Infraestrutura, quase R$ 3 bilhões foram destinados às rodovias estaduais por meio do Programa Estrada Boa. Outros R$ 2,5 bilhões foram aplicados em políticas públicas nas áreas sociais e de segurança.
Os dados consolidados de receitas, despesas e investimentos serão apresentados no Balanço Geral do Estado, previsto para divulgação até abril de 2026, podendo sofrer ajustes conforme a análise final dos empenhos.
Na área econômica, a arrecadação tributária de Santa Catarina teve crescimento real de pouco mais de 2% entre janeiro e novembro de 2025, mesmo em um cenário nacional de juros elevados e instabilidade no comércio internacional. Segundo o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, o desempenho ocorreu apesar da Selic em 15%, o maior patamar desde 2006, que impactou o crédito em todo o país.
Indicadores apontam que o PIB catarinense deve crescer ao menos 5,5% em 2025, acima da média nacional estimada em 2,3%. A indústria, o comércio e os serviços também apresentaram desempenho superior ao do Brasil. No mercado de trabalho, o Estado manteve a menor taxa de desemprego do país, com 2,3%, e registrou a criação de 95 mil postos de trabalho entre janeiro e setembro.
Em 2025, a Assembleia Legislativa aprovou dois pacotes tributários enviados pelo Executivo, incluindo a segunda edição do Recupera Mais, voltado à regularização de dívidas de ICMS, IPVA e ITCMD. As medidas não preveem aumento de impostos e devem entrar em vigor no primeiro trimestre de 2026, após sanção e regulamentação.
O Estado também contemplou 193 projetos nos programas Prodec, Pró-Emprego e TTD 489, com previsão de R$ 14,4 bilhões em investimentos privados e geração de 46,1 mil empregos até 2028. Considerando toda a gestão, são 435 projetos, R$ 30,1 bilhões em investimentos e cerca de 110,3 mil empregos previstos.
Outra medida adotada em 2025 foi a isenção de ICMS para seis itens da cesta básica — arroz, feijão e farinhas de trigo, milho, mandioca e arroz — com a alíquota reduzida de 7% para 0%, em vigor desde 1º de setembro.
Na avaliação fiscal, Santa Catarina manteve a nota CAPAG A+ pela Secretaria do Tesouro Nacional, além de alcançar o 1º lugar no Índice de Liquidez dos Estados. A agência S&P Global Ratings elevou o rating do Estado para brAAA na escala nacional e BB na escala global. Em outubro, o Estado também compartilhou o SIGEF com o Comitê Gestor do IBS, sistema que será utilizado na implementação da Reforma Tributária.




