Relatório será enviado ao governador

A grande discussão da sessão na Câmara Municipal de Brusque desta terça-feira (1) foi um requerimento, de autoria da vereadora Marli Leandro (PT), para que se encaminhe ao governo do estado o relatório feito pela comissão de segurança pública da câmara sobre a situação do setor em Brusque. Falta de efetivo nas polícias, deficiência de equipamentos, entre outros pontos foram destacados no relatório.
A vereadora Marli Leandro (PT) explica o porquê do envio deste documento ao governador Raimundo Colombo. Ele é um resumo de tudo aquilo que encontramos de deficiência na estrutura de segurança pública do nosso município e o que seria o ideal, de acordo com as próprias instituições da cidade, explicou ela.
O presidente da casa, Guilherme Marchewsky (PMDB), usou como exemplo do problema da falta de segurança o que vivem os moradores do Bairro Limoeiro. Esta semana, eles se reuniram com autoridades políticas e da segurança publica para discutir a onda de assaltos que vem sofrendo aquela comunidade nas últimas semanas.
Lá estavam, praticamente, 300 pessoas reunidas. O cidadão está se mobilizando. Colocamos-nos à disposição daqueles cidadão que estão lá preocupados com a questão da falta de segurança.
O vereador Jean Pirola (PP), presidente da comissão de segurança pública do Legislativo, destacou a situação da Polícia Civil, que tem por missão investigar, mas sofre com falta de pessoal e até equipamentos para que os agentes realizem as tarefas.
É alarmante a situação. O estado, realmente, tem que dar uma resposta efetiva para a sociedade, principalmente aos setores de segurança pública, disse na tribuna e destacando problemas como falta de rádio de comunicação, impressora e máquina fotográfica para a Polícia Civil.
Já o vereador Ivan Roberto Martins (PSD) disse que a Câmara fez seu papel, que foi o de levantar os problemas e, agora, encaminhar às autoridades que possuem a responsabilidade de resolver o problema.
Sabemos que a comissão fez seu papel, cumpriu com sua obrigação. Tenho certeza de que, posteriormente, esta casa vai continuar cobrando solução. Seja do próprio governo do estado ou, se for o caso, mesmo do município.
Alessandro Simas (PR) também apontou a dificuldade das polícias de atuar. Porém, mesmo assim, os agentes conseguem realizar um trabalho de superação. Esses números que vocês mostraram, temos a convicção de que são nesta proporção, até pequena, (...) As pessoas que aqui estão fazem um trabalho além do que precisa, muitas vezes.
Felipe Belotto Santos (PT) disse que o problema deve ser encarado por todos e é preciso de unir, indiferente de lado partidário,para atacar o problema e resolvê-lo. Gostaria que nós todos, vereadores, levemos esse relatório embaixo do braço. Vamos entrar em um período eleitoral e, certamente, teremos na nossa cidade todos os candidatos a governadores. Que possamos comprometer esses candidatos que virão para o pleito de outubro com esse compromisso com a cidade.
Edson Rubem Muller (PP) também elogiou o trabalho da polícia na tarefa de diminuir o índice de insegurança na cidade. É notório o trabalho de todos os delegados de polícia. Todos estão empenhados e cada vez mais na busca de diminuir os índices (negativos) de segurança. Temos que, com isso, fazer um trabalho político, destacou na tribuna.
Já o vereador Dejair Machado (PSD) foi mais crítico. Para ele, nenhuma ação será efetiva se a legislação existente não for cumprida à risca. Citou exemplo da lei que busca coibir o excesso de som, mas que não é cumprida.
Não adianta falarmos em segurança pública enquanto as leis não forem respeitadas. E essa lei não é respeitada, não é fiscalizada, não é cobrada. Principalmente em locais de grande aglomeração.
Valmir Ludvig (PT) defendeu que se atue insistentemente na cobrança por uma solução ao problema da falta de segurança. A reivindicação, sim, ela é antiga. Mas não devemos parar de fazer. A questão é que nossa cidade não tem mais 40 mil (habitantes), ela dobrou, triplicou.
Moacir Giraldi (PT do B) comentou que a realidade de Brusque é igual a de muitas outras cidades. Além disso, frisou que se direcione recursos para equipar e dar suporte maior às equipes que atuam no setor da segurança publica local. Tudo o que foi demonstrado aqui é a realidade que Brusque convive hoje. Já tivemos a primeira conversa com Policia Militar e Bombeiros para que se direcione parte dos recursos dos respectivos fundos (Funrebom e Fummpom) para poder auxiliar à Polícia Civil.
Ceslo Emídio da Silva (PSD) parabenizou o trabalho da comissão ao elaborar o relatório, mas apontou o que considera falha no mesmo quanto aos pontos destacados.
É um Raios-X da estrutura que temos hoje para promover a segurança pública no município. (...) Acho que muita gente vive uma situação de extrema insegurança pública. Acho que o cidadão de bem vive acuado, com muita reserva sobre a agressão a seus bens. E nesse aspecto vejo que o relatório não abordou praticamente nada, frisou.
O requerimento foi aprovado por todos os vereadores.