Ontem a noite ocorreu uma sessão na Câmara de Vereadores de Brusque para discutir a ação de segurança nas escolas do município. O requerimento foi criado pelos vereadores Nick Imhof, Marlina Oliveira e Rogério dos Santos.

O Vereador Nick Imhof, o Delegado Alex Bonfim Reis e o Tenente Coronel Pedro Machado comentaram sobre a sessão e as medidas discutidas.

Nick comenta que a ação de intensificação da segurança nas escolas estava planejada para antes mesmo de ocorrer a tragédia em Blumenau. Dentre as ações apontadas na sessão por Nick foram a estruturação das escolas com muros e acompanhamento psicopedagógico.“Devemos criar um projeto para que a ação seja efetiva, e que seja permanente”, comentou o vereador.

Já o Tenente Coronel Pedro, relatou que a Polícia Militar já realiza ações para que a presença das guarnições nas escolas seja maior, e sobre as ações de guarda armado em escolas “são 70 e cada escola precisaria no mínimo 2, sendo necessários 140 profissionais, o que não é fácil de fazer, pois demanda capacitação e tempo para ser estudado e analisado os pontos. É uma ação que pode ser tomada, porém vai demandar estudos que já estão sendo realizados pelo Governo”.

Alex Bonfim Reis, Delegado da Polícia Civil de Brusque disse que durante as conversas vários posicionamentos foram dados, inclusive a possibilidade de guardas armados, seguranças, câmeras, catracas, e agora cabe a Câmara de Vereadores analisar as propostas e ver o que pode ou não ser realizado de acordo com a realidade. “Terá que haver cautela para tomar uma medida que seja eficaz em caso de necessidade”, comentou Alex.

O delegado também informou que a Polícia Civil ao longo do período após a tragédia realizou investigações no intuito de colher evidências ou indícios de novos ataques, porém nada de concreto foi observado desde o primeiro momento. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão domiciliar. Em relação à guarda armada, o delegado disse que colocar uma guarda é importante, porém se armada ou não é algo que deve ser debatido melhor, e também o profissional que possuir a arma precisa receber um preparo e uma capacitação para poder exercer e saber quando usar e como usar.

A Secretária de educação, Eliane Busnardo Buemo também esteve na sessão da Câmara de ontem, ela comentou em entrevista nesta manhã de terça-feira (25) que a secretaria já está implementando as ações necessárias, e salienta que não há necessidade de "histeria coletiva” em relação ao assunto, pois não há indícios de que o fato irá ocorrer, porém precisa de cuidados, e medidas já estão sendo tomadas para isso.

Segundo a secretária, um dos pontos importantes para se debater é a comunicação entre os pais e seus filhos sobre a importância da não divulgação de fake news, e os pais precisam monitorar melhor as crianças.

A secretária também fez menção a um frase que o Delegado Alex utilizou na sessão do dia anterior onde ela reproduz sua fala “a autoridade em casa é pai, mãe e responsável, não se exime dessa responsabilidade, não deem a um adolescente o poder que ele não tem condição psicológica de aguentar, que são as decisões”.

“Não dá pra deixar uma criança mandar em casa, porque depois ela vai querer mandar na escola e vai se tornar um adulto que pensa que é o dono do mundo e pode acabar com uma situação desastrosa", disse Eliane.

Ela detalhou as ações que estão sendo adotadas juntos as escolas que são o levantamento de câmeras de segurança e tudo que envolve a finalização do processo descritivo para a licitação, a implementação do botão de pânico que já está sendo testado, a questão dos estudos para a contratação de vigilantes, e essa questão merece um cuidado muito importante pois questionamentos como se será armado ou não está sendo discutidas, assim também como a propriedade da arma e como vai ser utilizada, além da formação do vigilante dentre outras questões.