Os agentes epidemiológicos de Brusque continuam no combate ao Aedes aegypti. A ação ocorre o ano todo e em toda cidade, com trabalhos intensificados nesse período. As equipes têm implantadas cerca de 500 armadilhas em todos os Bairros de Brusque. As principais ações estão sendo desenvolvidas nos lugares onde há focos positivo, como o caso do Bairro Nova Brasília, um dos locais onde os agentes estão atuando nesta segunda-feira (28).
Números registrados em Nova Brasília são um dos mais preocupantes, com um aumento significativo do ano de 2015 para 2016. O agente Cláudio Adriano do Carmo, que nesta segunda está atuando na localidade, explicou que em um perímetro 300m foram localizados 11 focos, sendo que o habitual é de um foco para essa área. Outro bairro que apresentou foco foi o Steffen, que há muito não tinha focos.
A cidade tem 26 focos positivos, sendo que 18 ocorrências são na Nova Brasília. A vigilância tem trabalhado para diminuir esses números no Bairro e por isso realizam uma varredura nesta segunda.
Em Brusque foram confirmados oito casos de dengue, três com Chikungunya e um de Zika Vírus, todos importados, ou seja, a pessoal adquiriu a doença fora da cidade e retornou infectada.
A coordenadora do programa de Controle da Dengue, Fernanda Lippert, explica melhor essa situação. “Nós estamos com o mosquito, mas não temos o vírus, a partir do momento que o mosquito se contamina ele vai começar a transmitir. Não temos nenhum caso autóctone, que é aquele que a pessoa adquiriu o vírus no município”, disse.
Os números exigem cuidado, Lippert esclarece que só a prefeitura, por meio da vigilância epidemiológica, não tem condições de efetuar o combate sozinha, é necessário o envolvimento de todos. “A vigilância faz um trabalho de orientação e prevenção, mas nós não temos como eliminar o foco sozinho. A gente precisa que a população esteja sempre atenta a todas as informações que a gente tem repassado e que nos auxilie na questão. Toda semana a gente tem que olhar o pátio de casa, já que toda semana chove e a gente pode deixar alguma condição no pátio, ao redor de nossa casa, ou até dentro de casa. Lugar que pode estar criando o mosquito. Por isso a população tem que estar junto conosco” explica.
O forte fluxo migratório é outro fator importante, como Brusque ainda não apresentou nenhum caso dentro do município, todos vieram de fora. Fernanda se preocupada com o fluxo que há na cidade, já que muitos moradores se deslocam para lugares com alta incidência de casos.
Assim, é importante que quem sentiu os sintomas procure uma unidade de saúde, pois se a pessoa estiver contaminada e não tomar os devidos cuidados pode disseminar o vírus, aumentando o problema.
Para garantir que os números não aumentem e que a população não sofra com as consequências da proliferação do mosquito Aedes aegypti, a Vigilância Epidemiológica trabalha com diversas orientações. Dentre elas a de não deixar água parada em vasos de plantas, pneus velhos ou entulhos.
No verão, o número de focos do mosquito tende a aumentar. Por isso, preste atenção nos cemitérios, em sua casa e local de trabalho e dissemine a ideia, permaneça em alerta e denuncie possíveis locais de proliferação. As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 3110-1001.
