O Carnaval não é uma festa proibida para os cristãos, o que a igreja condena são os exageros. Essa é a opinião do padre Jair Rodrigues, que responde pela Paróquia São Luiz Gonzaga, de Brusque. Ele lembrou que o Carnaval é uma realidade e ele tem o envolvimento de pessoas de todas as classes e, como diz a própria celebração, “é a festa da carne”, lembra o líder religioso.

Padre Jair lembrou que muitas pessoas usam o Carnaval não com liberdade, mas com libertinagem, preocupada unicamente com o prazer. “E nesta busca, eu diria, desordenada, nesta busca de satisfazer seus instintos carnais, nós não podemos nos esquecer, somos corpo, espírito como diz a termologia, e o que a igreja faz a sua reserva é para os excessos”, comentou.

O período do Carnaval, para muitos, acaba sendo um tempo de perdição onde se presencia “como se não bastassem as intrigas, brigas, confusões, mortes, como se vê estampado na mídia, mas também percebemos a forma abusiva dentro da sexualidade, no alcoolismo, e do uso abusivo das drogas”, lamentou o sacerdote, lembrando os efeitos desastrosos para toda a sociedade.

O padre aconselha que esse período carnavalesco seja vivido com decência e com moderação. Após passadas as comemorações da “festa da carne”, virá a Quaresma. Na sequência desta séria de reportagens com o padre Jair, estaremos nas próximas reportagens focando os temas que a igreja Católica evidencia como importantes para o período, em especial a Páscoa e a Campanha da Fraternidade, que serão desencadeadas a partir da Quarta-Feira de Cinzas.

LDO