Esticado prazo para implantação de simuladores

Em nota divulgada nesta terça-feira (11), o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou o prazo para autoescolas implantarem simuladores de direção veicular. Os centros de formação de condutores deveriam estar adequados para implantar o simulador desde o início deste ano.
O novo prazo fixado pelo Contran é 30 de junho de 2014. A decisão foi tomada na reunião mensal do órgão, realizada na terça-feira e será publicada nesta quarta no Diário Oficial da União.
A decisão veio após conselheiros avaliarem, em visitas técnicas realizadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a necessidade de tempo para que autoescolas se adequem às normas técnicas para atender às peculiaridades regionais, disponibilidade de internet, criação de unidades itinerantes ou móveis e criação de centros de simuladores compartilhados pelos centros de formação de condutores.
A resolução 444/13, que torna obrigatório o uso do simulador, continua em vigência desde janeiro deste ano e já está sendo adotada em alguns estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Acre. Esta resolução foi prorrogada em 30 de junho de 2013 para permitir o credenciamento de novas empresas fabricantes de simuladores. Atualmente, quatro empresas estão homologadas Denatran.
INSATISFEITOS
A medida adotada pelo Contran não era exatamente a esperada pelos proprietários dos Centros de Formação de Condutores de Santa Catarina. Segundo o presidente do Sindicato dos CFCs (Sindemosc), Murilo dos Santos, em entrevista à Rádio Cidade, esperava-se que a medida fosse prorrogada para janeiro de 2015 e não para junho deste ano. Ele disse que já há uma mobilização nacional pedindo através do Congresso Nacional para que a Resolução do Contran seja revogada.
Murilo disse ainda que a medida já tentou ser adotada nos anos 80 e que ficou comprovada sua ineficiência. Está claro que o simulador não contribui para a redução no número de acidentes e acreditamos que a Resolução será revogada através do projeto de um deputado paranaense.
O presidente do Sindemosc reforçou ainda que os alunos dos CFCs não sofrerão qualquer prejuízo com a cobrança da implantação dos simuladores, pois acredita que ela não vai vingar.