Cerca de 20 pessoas foram à sede do Poder Judiciário de Brusque na tarde desta terça-feira (10) em busca de um contato com o Ministério Público acerca da duplicação da Rodovia SC-486, a Antonio Heil, que liga Brusque a Itajaí. Ida decidida na reunião entre os moradores do Limoeiro na noite de ontem, segunda-feira (9), no Centro Comunitário do bairro. Porém, isso só ocorreu de forma parcial.
Diante do insucesso em obter apoio do Ministério Público para uma eventual ação de embargo da obra de duplicação, já que os moradores se dizem ameaçados por não saber detalhes do projeto e nem a forma de execução, muito menos serem notificados sobre desapropriações, foi decidido que haverá, mais uma vez, uma manifestação, na quinta-feira (12), às 9h, em frente à Industrial Appel, no km 21 da rodovia. Ocasião em que a comunidade deverá fechar a rodovia para o tráfego de veículos.
Segundo a advogada dos moradores, Elidia Tridapalli, na semana passada eles falaram com o promotor da cidadania, Murilo Adaghinari, quando o mesmo repassou o requerimento a outro promotor de justiça, Cristiano José Gomes, que responde pelo meio ambiente. Hoje ele não nos atendeu, pois daquilo que ele está vendo, não tem nenhum problema ambiental no projeto de alargamento da rodovia SC-486, explica a advogada.
Do que foi decidido, Tridapalli diz que os moradores mantêm a reunião entre eles que estava marcada para a próxima segunda-feira (16). Ainda segundo a advogada, se tentará o agendamento de uma reunião com o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, para tratar do assunto, além de uma mobilização nesta semana, parando a rodovia. Isso até que as autoridades responsáveis venham dar informações aos moradores sobre a obra. Enquanto não houver diálogo com os moradores, não se consentirá o prosseguimento da obra, afirma.
Uma das reclamações dos que utilizam frequentemente a rodovia, conforme Antônio Carlos Melo, comerciante da região, é a falta de informação sobre a obra e as desapropriações. A gente gostaria de saber qual vai ser o projeto, porque até então, já ouvimos várias coisas. Mas não sabemos como vai ser feito, de que forma vai afetar as pessoas e como vai ser resolvido o problema de quem vai ser afetado. Para ele, a duplicação é precipitada, pois serão três quilômetros numa região com grande população.
Outro problema citado pela advogada Elidia Tridapalli é o acesso dos moradores às suas propriedades. Porque a máquina está passando e eles ficam sem condições de comercializar seus produtos nas lojas e, também, entrar em suas residências. Pois em razão da chuva, a máquina para e eles estão sendo altamente prejudicado, pois estão impossibilitados de vender seus produtos de Natal, relata.
Segundo ela, o Deinfra não visitou nenhum morador para conversar sobre a desapropriação e as indenizações. Estão fazendo a obra independente das desapropriações. A lei diz que o órgão público pode desapropriar e é dele a preferência da propriedade. Contudo, antes de colocar a máquina pra funcionar nas propriedades, elas devem ser notificadas e indenizadas.
De acordo com a advogada, há 30 dias foram iniciadas as obras de duplicação na região.
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