Durante o encontro, o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Cristiano Olinger, a engenheira ambiental Amabilly Schvambach e o engenheiro químico do Samae, Ricardo Bortolotto participaram de debates a respeito do que já está sendo feito pelos participantes do projeto em relação à mitigação de impactos ambientais.
Os três representantes de Brusque participaram de discussões sobre energias renováveis e eficiência energética, gestão de resíduos sólidos e educação ambiental. Olinger explica que em um primeiro momento os participantes foram divididos por países e em seguida por temas. “Conversamos com pessoas de outras cidades do Brasil e depois nos dividimos para abranger mais assuntos”.
Além disso, durante o evento foram realizadas saídas a campo. “Conhecemos um viveiro de mudas; o Parque das Iguanas, que anteriormente era um local de depósito de lixo e esgoto e passou por uma recuperação, tornando-se um ambiente para a família. Também conhecemos uma reserva florestal com espaço para observação de pássaros, uma fazenda que produz café orgânico e um sistema de compostagem diferenciado, que se utiliza de fungos e bactérias que não deixam produzir odores e produz o adubo orgânico bokashi”, conta.
Olinger salienta que o evento foi importante para troca de experiências entre os participantes. “O que percebemos é que com pouco recurso podemos realizar diversas coisas. Por exemplo, o parque das Iguanas foi feito praticamente em sistema de mutirão, engajando a comunidade e hoje além de ser um ambiente para as pessoas usufruírem também tem trabalhos ambientais voltados para as crianças”.
De acordo com o superintendente, Brusque possui muito a fazer, mas é exemplo em algumas áreas. “Nossa educação ambiental está indo muito bem e já foi elogiada pela comitiva alemã, do distrito de Landkreis, parceira de nossa cidade no projeto”.
Saiba mais sobre as 50 Parcerias Municipais para o Clima
No mês de outubro Brusque e o distrito de Landkries, na Alemanha, firmaram uma parceria que integra o projeto financiado pelos alemães, denominado “50 parcerias municipais para o clima”, no qual as cidades envolvidas estudam as realidades de outros municípios e elaboram planos de ação voltados à sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
O comitê gestor de Brusque é composto por representantes do Samae, Defesa Civil, Secretaria de Educação, Fundema e Unifebe. “Para o ano que vem queremos aumentar o número de entidades e chamar a sociedade civil”, explica Cristiano Olinger.
O próximo passo, de acordo com Olinger, é finalizar a tabela do plano de ações, com metas, prazos, atores e indicadores, até o final do mês de janeiro de 2016. “O plano é bastante amplo, passa por planejamento e desenvolvimento urbano sustentável, mobilidade urbana, gestão de resíduos sólidos, educação ambiental, entre outros, portanto temos muito trabalho a fazer”.