O vereador Dejair Machado (PSD) teceu críticas ao colega de parlamento Valmir Ludvig (PT) durante a sessão ordinária desta terça-feira (3) pelas afirmações feitas pelo petista em pronunciamento na reunião anterior, dia 27. Na tribuna, sem citar nomes, Ludvig sugeriu que o pai do prefeito interino Roberto Prudêncio Neto (PSD) tenha influenciado o voto de alguns parlamentares na última eleição para a presidência da Câmara Municipal, em 2014, da qual Prudêncio saiu vitorioso.
Na ocasião, Ludvig dizia que em Brusque, assim como em Brasília, há acordos políticos e indicações para cargos, e depois se referiu a Carlos Prudêncio, magistrado aposentado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. “Como se para colocar a presidência não tiveram de ir à casa de um desembargador pedófilo, criminoso. Foram lá na casa dele combinar para colocar o presidente. Ou estou dizendo alguma coisa que não é verdade?”, perguntou.
Para Machado, Ludvig se excedeu. “Além de não concordar, acho que estamos entrando por um caminho muito perigoso. Sempre defendi a inviolabilidade da palavra, do ato e das opiniões do vereador. Está na Lei Orgânica é a única forma que talvez ele tenha como proteção para trazer uma denúncia. Mas não posso concordar quando se começa a atacar família, querendo desmerecer, desqualificar, atirar no pai para tentar acertar o filho”, frisou.
Outro aspecto com o qual Machado afirmou discordar diz respeito à moção de repúdio ao prefeito apresentada pelos vereadores do PT - e rejeitada pelo plenário - pela falta de posicionamento de Prudêncio Neto, sob o ponto de vista deles, diante das notícias de que seu chefe de gabinete teria, primeiro, agredido a companheira e o filho dela, menor de idade, dia 9 de outubro, e, depois, durante a Fenarreco, se engalfinhado com o pai da criança em público, dia 13.
“Está errado. Vamos debater as opiniões, as ideias, o que a cidade está precisando, o que precisa melhorar, quais são os problemas. Aceitamos a crítica, o que faço muitas vezes é combater, argumentar. Quem está na situação tem que defender quem está governando e quem está na oposição tem que criticar, está certo. O parlamento é justamente esse instrumento de diferenças que faz com que consigamos atingir o melhor. Mas atingir pessoas, não importa se com ou sem razão, acho um caminho muito perigoso para o parlamento”, enfatizou.