Um encontro entre sindicatos de trabalhadores do setor químico, de material plástico e da indústria de papeis de Santa Catarina aconteceu em Brusque na sexta-feira (16). A reunião ocorreu no período da manhã na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb).
Em pauta estavam temas ligados às condições de trabalho nas empresas da região e as negociações coletivas da categoria, principalmente as relacionadas à questão salarial. Este tem sido principal assunto nas conversas e encontros realizados em outros municípios pelo estado.
“A classe empresarial está vindo para a mesa de negociação, alegando a tal crise, não querendo repassar aumento salarial real. A grande maioria das categoriais nacionais esta com dificuldade de conseguir aumento de salários, tendo apenas a inflação e entendemos que não é dessa forma”, comenta o presidente do Departamento Químico da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (Fetiesc), Carlos Cordes, de Criciúma, afirmando que a crise do país é política e não econômica.
Ao todo, o departamento é formado por 20 entidades sindicais. As reuniões ocorrem mensalmente, sempre em cidades diferentes.
As questões salariais não são o problema mais enfrentado pela categoria na região de Brusque. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico e Químico de Brusque (Sintiplasqui), Ednaldo Pedro Antônio, os valores pagos pelas empresas são menores que os praticados em outras regiões do estado, mas a reclamação também persiste quanto às condições de trabalho nas empresas.
“A principal reivindicação é a questão do salário. Melhoria nas questões de ambientes de trabalho é uma das ações que estamos desenvolvendo”, pontua ele.
Atualmente, a entidade atende a Brusque e outras doze cidades na região. Nos setores de material plástico e químico são em torno de três mil trabalhadores representados.