O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), engenheiro Roberto Bolognini, e o engenheiro da autarquia, Armando Alberto Walendowsky, se reuniram na manhã de sexta-feira, 25 de setembro, com o secretário adjunto da Defesa Civil estadual, Rodrigo Antônio Moratelli, a fim de obter mais detalhes sobre o projeto de construção da Barragem de Botuverá.
Na oportunidade, Moratelli apresentou dados sobre a obra, que no momento aguarda licença ambiental. “Já temos até o edital do processo licitatório pronto. A obra de Botuverá será instalada em um local de menor impacto, 21 propriedades deverão ser desapropriadas e o tempo estimado para construção é de 24 meses após o início das obras”, explicou.
De acordo com o secretário adjunto, a barragem terá um lago que ocupará uma área de 44 hectares, com um total de água represada de 22 milhões de metros cúbicos, destes, 7 milhões poderiam ser utilizados para consumo. “É uma água com baixo volume de turbidez, de poluição, já que só passa por Vidal Ramos, e, consequentemente, com um custo de tratamento muito baixo”, pontua Moratelli. Segundo ele, com este volume de água, é possível abastecer uma população de 2,3 milhões de habitantes.
Moratelli explicou ainda que o foco, neste primeiro momento, é a construção da barragem para contenção de cheias, mas que se pode pensar em um projeto de captação de água, tratamento e abastecimento para Brusque e municípios da região, bem como geração de energia, garantindo que a barragem seja autossustentável. “A barragem será gerida pela Defesa Civil Estadual e vai operar com todo aporte do Centro Climatológico do Estado. Saberemos administrar em casos de cheias, como também em casos de seca”, complementou o secretário adjunto.
O diretor-presidente do SAMAE ressaltou que a população de Brusque cresceu muito nos últimos anos, e que é preciso pensar em novas fontes de captação de água, para o abastecimento de toda população. “Este foi o motivo do agendamento da reunião. É um assunto de nosso interesse, visto que o Rio Itajaí Mirim vem sofrendo com o aumento gradativo da população, o que dificulta o tratamento e põe em risco a qualidade de suas águas no futuro. Hoje, fazendo uma projeção futura, vejo grandes possibilidades de Brusque ser abastecida pelas águas da barragem, que terão melhor qualidade. Além disso, como haverá o controle de informações meteorológicas, a vazão será constante, em tempos de seca e em temos de cheia. A água poderia ser tratada em Botuverá ou ser aduzida bruta, para o tratamento em Brusque”, detalha Bolognini.
Também participaram do encontro o diretor de projetos especiais da Defesa Civil, Leonel D. Fernandes e o assessor técnico Emerson Neri Emerim.