Na busca de manter transparente a situação financeira do Brusque FC foi que mais uma vez a diretoria chamou a imprensa para uma coletiva na tarde desta terça-feira (25) e explanou suas despesas e receitas. Principalmente pensando na temporada 2021, com foco principal no Campeonato Brasileiro da Série B, competição que o clube estreia no domingo, às 11horas contra a Ponte Preta.
Durante a coletiva, os membros da diretoria apresentaram uma relação de despesas e receitas. De forma minuciosa, explicaram à imprensa os principais pontos. O presidente Danilo Rezini, em entrevista à Rádio Cidade, disse que o foco financeiro está norteado para três principais situações.
“O primeiro é acertar dívidas trabalhistas que o clube tem há muitos anos.A segunda parte é uma melhoria no grupo de atletas. Precisamos dar uma reformulada. E o terceiro é um investimento no estádio Augusto Bauer, nos vestiários, cabines de rádio e TV, e, principalmente, a iluminação do campo. A Havan vai investir cerca de R$200 mil e o Brusque R$500 mil. Portanto, é preciso muita cautela, muita administração”, disse o presidente.
O diretor financeiro, Rogério Lana, afirmou que o momento é de muita cautela. “O departamento financeiro do Brusque tem uma preocupação muito grande para fazer um orçamento que seja assertivo. Nós teremos que cumprir até o final do ano despesas a nível trabalhista. São valores altos que temos que honrar. Mas o principal que eu sempre digo é o futebol, que é o nosso produto. De não tiver futebol, não teremos receitas. Atualmente, em Brusque gastamos 80% com futebol e questões administrativas seriam os outros 20%, significa que o futebol da retorno financeiro, mas também da despesas”.
A permanência na série B é outro ponto que é de suma importância. Lana pensa positivamente, mas disse que é necessário ter uma reserva técnica. Um retorno para série C, seria despencar drasticamente a receita.
“Se não permanecermos na B, a nossa receita cai de R$1,2 milhão para R$450 mil. Quer dizer, precisaria de toda uma restruturação e essa é uma preocupação muito grande. Com certeza receita nova não teremos, mas despesas teremos”.
Lana destacou a importância do acordo trabalhista qu clube fez. Eram dividas com atletas e funcionários do Brusque, que estavam na justiça e que com o acerto serão pagas mensamente.
“Esse acerto trabalhista causou uma segurança para o departamento financeiro. Antes acontecia de eu ser pego de surpresa, deveria receber um valor e eles eram penhorados e recebia a metade, como eu ia honrar as despesas previstas”, finalizou.
Colaborou Marcelo Gouvêa