Médicos não aceitam integralmente proposta da prefeitura
O neurocirurgião Osvaldo Quirino de Souza esteve ontem (27), ao vivo, no programa Agito Geral, falando da minuta do contrato apresentado pela prefeitura de Brusque ao Hospital de Azambuja e ao corpo médico daquela casa de saúde que pertence à Mitra Metropolitana.
A parceria proposta pelo prefeito Paulo Eccel, segundo o médico, foi recebida com desagrado pelos doutores que atendem naquele hospital. Foi enviada uma contraproposta para a secretaria de Saúde. Osvaldo chama a atenção para o fato de que na administração passada, Brusque estava operando alguns pacientes em outros municípios, menores que Brusque. Hoje, o que está acontecendo, segundo Osvaldo, são ameaças da prefeitura de trazer equipes médicas de outras praças para operar aqui.
Ou seja, diz Osvaldo, mudou só o local. Os profissionais são de fora, "não valorizando os profissionais que a 30, 40 anos de trabalho nas emergências, fins de semana e de madrugada". Até então, afirma Osvaldo, eles estavam calados. Segundo o documento da prefeitura, as equipes que viriam de fora utilizariam as dependências do Hospital. Padre Nélio Schwanke, diretor administrativo do Hospital de Azambuja, também é contrário à vida de médicos "forasteiros".
A classe médica, especialmente a que atua no Hospital de Azambuja, ficou revoltada com essa situação. Tanto é que na contraproposta enviada à administração pública foi contestado 90% dos itens do original apresentado pela prefeitura, conforme Osvaldo Quirino.
"Isso está causando um problema entre administração municipal e classe médica", diz Osvaldo. Ele considera que "a Classe médica vai sofrer um desgaste muito forte com a comunidade".



