(VÍDEO) Comandante dos bombeiros faz alerta sobre queimadas em vegetação
Nesta época do ano, a incidência de casos de incêndios em vegetação costuma aumentar. Esse tipo de acidente causa prejuízos para o meio ambiente e coloca em risco vidas, além de prejuízo material em imóveis.
Conforme explica o capitão Rodrigo Gonçalves Basílio, comandante da 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Brusque, de janeiro de 2020 a novembro de 2022, foram registradas 229 ocorrências deste tipo. Só nos últimos 30 dias, foram nove casos desta natureza.
Os dados foram coletados pela Rádio Cidade junto ao Corpo de Bombeiros e são de ocorrências registrada em Brusque, Guabiruba e Botuverá.
Muitos casos como esses surgem por conta de pessoas que colocam fogo em vegetação ou móveis velhos e acabam perdendo controle das chamas.
A maioria dos incêndios é provocada por ação humana, afirma ele. Muitas vezes, as pessoas que iniciam as queimadas, relatam ao Corpo de Bombeiros que iriam queimar uma pequena parte da vegetação e acabaram perdendo o controle da situação.
“A conduta de provocar incêndio em vegetação configura crime, previsto na lei de Crimes Ambientais. Um crime que pode ser praticado tanto dolosa, quanto culposamente. Pena de prisão está prevista para essas pessoas que acabam provocando esse tipo de incêndio”, enfatiza Basilio.
O comandante dos bombeiros lembra que para colocar fogo em determinadas áreas, ainda que seja para uma tarefa aparentemente simples e doméstica, é necessário buscar autorização e orientação.
“Essas pessoas acabam não fazendo o devido planejamento. O que era pra ser uma queimada, acaba se transformando em um incêndio, que é o fogo em descontrole. Para que a pessoa possa realizar essas queimadas, ela precisa de autorização do órgão federal, o IBAMA. Com as normas específicas, como a construção de aceiros nas adjacências, que impedem a propagação dessas chamas, que foram criadas de maneira deliberada”, diz o bombeiro.
O capitão menciona, ainda, as queimadas provocadas com a intenção para fins diversos, como até mesmo, vandalismo.
O Corpo de Bombeiros orienta a população sobre os cuidados e perigos que este tipo de ação pode oferecer.
“Evitar efetuar queimadas em áreas próximas a vegetações. Ter bastante cuidado, procurar autorização dos devidos órgãos. Tomar muito cuidado com as bitucas de cigarro, pois muitos incêndios iniciam dessa forma. Em caso de a pessoa estiver fazendo alguma trilha, evitar a produção de uma fogueira e, se assim fizer, que ela se certifique-se que antes de deixar o local, que aquela fogueira foi devidamente eliminada”, complementa o capitão.
A reportagem perguntou também se queimadas que estariam acontecendo nesta época de final de ano estão relacionadas com as altas temperaturas.
“Nesse momento, a vegetação está mais seca. Então, temos uma umidade menor. Logo, a superfície de contato está mais passível de inflamação. Não é que a conduta das pessoas nessa época ano é diferente. A grande questão é que o contexto ambiental, ele está mais propício ao início das chamas. Por isso, acabamos observando essa incidência maior neste período do ano”, finaliza o capitão Basílio.