93% das mulheres afirmam já ter feito algum exame
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama divulgou hoje (8) a mais recente pesquisa que identifica as atitudes relativas aos cuidados da mama e ao diagnóstico precoce da doença. Realizada pelo Instituto DataFolha e com consultoria da Sustentabilidade, Estratégia e Inovação, a pesquisa entrevistou mais de 1800 mulheres de 35 a 65 anos de idade e de 17 capitais brasileiras, onde a entidade possui representação regional.
A pesquisa conclui que as mulheres não se cuidam como deveriam. Apenas uma em quatro mulheres se exercita, por exemplo. Outro ponto destacado refere-se que até mesmo o próprio médico não está influenciando a decisão pela mamografia. 31% das mulheres nunca realizaram exames para detecção, principalmente aquelas que dependem do sistema público de saúde. Uma das principais razões colocadas foi por achar que ela não corre nenhum risco.
A pesquisa demonstra a falta de conhecimento de como detectar corretamente o câncer de mama. Os cuidados com a saúde ainda não são prioridade na agenda das brasileiras. Parece que o estereótipo da rainha do lar, que controla e resolve os problemas de todos os membros da família, mas esquece dos seus, continua arraigado. Assim, o mito de que câncer é sinônimo de morte ainda é forte. O exame correto para detectar a doença logo no início é a mamografia.
Com relação aos cuidados com a mama e diagnóstico precoce, a pesquisa constatou que:
Sobre o diagnóstico precoce
- Apenas 17% já procuraram algum especialista por suspeita da doença;
- Entre as formas de se detecção do câncer de mama, o auto-exame é citado por 80% e a mamografia por 47%;
- A ultra-sonografia e o apalpar ou toque do médico são citadas por 6%, cada;
- Outras 14%, porém, não souberam dizer apontar nenhuma forma de se detectar o problema;
- 93% afirmam já ter realizado algum exame para diagnóstico de câncer de mama, sendo que:
- 80% já realizaram auto-exame;
- 69% já fizeram mamografia;
- 47% já passaram por ultra-sonografia.
Motivos para a realização de exame:
- 78% para prevenir a doença e cuidar da saúde;
- 21% citam a suspeita de sintomas ou tendência à doença;
- 06% que mencionam a conscientização por meio de campanhas e notícias sobre o tema.
Entre as que nunca realizaram um exame (7%), justifica-se:
- A percepção de ausência de sintoma e/ou falta de indicação do médico (33%);
- Descuido com a saúde e/ou falta de hábito e preguiça em realizar o exame (29%);
- Dificuldade em marcar consultas e/ou exames (22%);
- 44% afirmam realizar a mamografia pelo menos uma vez por ano;
- 38% começaram a realizar exames entre os 18 e 30 anos de idade, enquanto outras 36% fizeram o primeiro entre 31 e 40 anos, e 20% depois disso;
- Metade das últimas mamografias (51%) foi realizada no sistema público de saúde, 31% no sistema de convênio médico, e 17%, por particular;
O tempo médio despendido pelas mulheres em um processo de diagnóstico do câncer de mama, considerando-se a última mamografia realizada:
- média de 28 dias - entre a consulta e a marcação do exame;
- média de 15 dias - entre o exame e o resultado;
- média de 25 dias - Entre o resultado e a consulta de retorno.
Sobre o auto-cuidado
- Estão com peso normal (IMC entre 18,5 e 24,9) 39% das mulheres;
- Entretanto, 34% encontram-se com sobrepeso, e 17%, obesas.
- A obesidade atinge 18% das mulheres com câncer de mama na família; 18% das que não têm filhos; 26% das que nunca amamentaram; 23% das que têm entre 51 e 65 anos de idade; Outras 3% mostram-se abaixo do peso.
- Praticamente uma em cada quatro mulheres (38%) diz praticar alguma atividade física, sendo que 35% se exercitam pelo menos duas vezes por semana, e atividade mais comum é a caminhada (30% no total da amostra).
- Por outro lado, são sedentárias 62%.
- Das mulheres com histórico de câncer de mama (entre 51 e 65 anos), 56% são sedentárias e 50% não tiveram nenhum filho;
- Fumam atualmente 20%, e costumam beber, 34%,
- Costumam ir ao médico 92%, sendo que 58% dizem visitar algum especialista pelo menos uma vez a cada seis meses;
- Tiveram pelo menos um filho 84%, sendo que 00% foram mães até os 30 anos, a média de idade da primeira gestação é de 23 anos, média é de 2,8 de filhos por mulher, 90% tiveram o primeiro filho até os 30 anos, e 96%, até os 35 anos, e 94% das que tiveram filhos amamentaram pelo menos um deles.


