A situação econômica que assola o Brasil atingiu diretamente a geração de empregos em Brusque, município com vocação industrial e que sempre se orgulhou de ofertar empregos em grande quantidade. Há menos de um ano era possível observar anúncios, nas mais diversas mídias, anunciando vagas e conclamando os candidatos para se inscreverem. A realidade começou a mudar em 2015 e mostrou-se mais evidente no final do semestre, com a informação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho que confirmou o saldo negativo de 462 vagas no mês de junho.
A indústria de transformação foi a grande responsável pelo saldo negativo de junho. No período foram contratados 740 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 1.074, ou seja, resultando em um saldo negativo de 334 vagas no setor, apenas neste mês. Ainda contribuíram negativamente os setores do comércio (-87), a construção civil (-57), a agropecuária (-9) e o setor de extração mineral (-8). Já o setor da administração pública fechou o mês com saldo positivo (+26) e o de serviços (+7), na contramão da crise.
Apesar dos alarmantes números do mês de junho, no ano Brusque ainda apresenta um saldo positivo (+318) na geração de empregos formais. Os setores de prestação de serviço (+342) e da administração pública (+326) salvaram o semestre na geração de empregos formais. Já a construção civil (-237) e o setor comercial (-80) são os vilões do desemprego neste primeiro semestre.