A família da estudante L.T.H., 15 anos, está revoltada com um fato ocorrido na segunda-feira (8), na Escola Básica João XXIII, no período matutino. Segundo declarações do pai da aluna, Gilberto Sebastião Heck, residente na Rua Poço Fundo, 3367, sua filha passou muito mal na escola, chegando a ficar desacordada, precisando de atendimento médico. Mas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros não atenderam o chamado feito por uma assistente da direção do estabelecimento de ensino.

A informação foi confirmada pela assessora de direção da EEB João XXIII, Andréia Rosa. Ela contou que a aluna começou a passar mal, com sintomas de tontura, se agravando a situação, ficando ela inconsciente. Através de um telefone celular, ela entrou em contato com o Samu, relatando todo o quadro. A mãe da adolescente foi chamada na escola e também falou com a médica, contando que a filha fazia tratamento antidepressivo.

A médica, que se identificou como Carolina, falou então que crise de depressão ocorre com frequência nas escolas e que não tinha viatura disponível para o atendimento, recomendando que fosse acionado o Corpo de Bombeiros. Nova ligação foi feita para o Corpo de Bombeiros, que alegou que a viatura estava em manutenção e não poderia prestar o socorro. A orientadora da Escola João XXIII fez um segundo contato com os bombeiros, mas a resposta foi a mesma, sugerindo apenas que ela fosse socorrida de automóvel.

Com a aluna sem movimento e ainda desacordada, além da ajuda de outros alunos a adolescente, ela foi colocada no veículo de uma professora e encaminhada para o Hospital de Azambuja, onde foi prontamente atendida.A menina passou por exame de tomografia e teria passado até por procedimento de reanimação. A família aguarda o resultado de exames complementares para encaminhar a estudante para um neurocirurgião.

“Todo mundo ficou muito comovido, principalmente pelo descaso ou se não tinham esse recurso no momento”, relata Andréia. O pai da aluna falou com o jornalismo da Rádio Cidade e, emocionado, protestou contra a falta de atenção do Samu e do Corpo de Bombeiros de Brusque. “Eu sei que não tem viatura para atender todas as escolas, uma diretora de escola não ia ligar brincando, minha filha poderia ter morrido”, conta Gilberto.

O comando do Corpo de Bombeiros foi procurado na manhã de hoje pela reportagem da Rádio Cidade, mas a informação repassada é de que o tenente HUgo Manfrin, comandante da da corporação só atende no período da tarde.