Neste sábado (13) foi realizada a primeira edição da Feijoada Solidária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque, idealizada pelo Rotary Clube. A estrutura foi montada no pátio da entidade, no Jardim Maluche.
Segundo Sebastião Ernani Poia, presidente da entidade, a parceria com o Rotary foi muito importante para o sucesso do projeto. “Isso porque foi uma força de fora que se interessou e se envolveu pela entidade. Na verdade, nem conseguimos medir tamanha doação. Os músicos, por exemplo, também estão aqui de forma voluntária. Isso é algo que nos engrandece e estimula a continuar o trabalho em prol da Apae”, ressalta.
Ele afirma que o projeto proporcionou o encontro e a confraternização das pessoas, que já dá sinais de que a mesma seja realizada no ano que vem, sendo inclusa no calendário de eventos da Apae
Para o vice-presidente da entidade, Márcio Belli, a Feijoada Solidária aproxima as pessoas do trabalho social que é realizado no local. “É um evento de valor inigualável porque cria menos muros e mais pontes que fazem a ligação da entidade com a comunidade. Isso traz convivência, amor e fraternidade. Estimula que as pessoas estejam presentes não apenas na contribuição financeira, mas no convívio, no abraço e no agrado necessário para que o serviço continue”, salienta.
De acordo com o vice-presidente, a parceria com o Rotary é antiga e já estava presente na fundação da Apae, há 60 anos. “O fundador da entidade, doutor Carlos Moritz, era membro do Rotary. Na década de 1990, durante a instalação da Clínica UniDuniTê nós recebemos, inclusive, um recurso do Rotary Internacional. Então é uma parceria de consistência, de muito valor e de muita construção”, acrescenta.
Muitos membros do Rotary Clube prestigiaram a primeira Feijoada Solidária e, além da presença, também auxiliaram na organização. “Desde o início do ano estamos neste planejamento e hoje está aqui o resultado de muitas reuniões e de muito trabalho. Nesta primeira festa já podemos colher pontos positivos e esperamos melhorar ainda mais as próximas edições, com o objetivo de arrecadar fundos para a entidade”, observa o membro do Rotary Clube, Antônio Maffezzolli.
Pedágio cancelado
Neste sábado ainda estava previsto o tradicional pedágio da Apae, pelos principais pontos do município. No entanto, devido à chuva, o projeto foi cancelado. Nesta próxima semana, um contato entre a entidade e a prefeitura vai definir uma nova data para a realização do evento em Brusque. Apensas na manhã de sexta-feira (12), conforme a programação, voluntários e alguns estudantes da Apae realizaram com êxito o pedágio no município de Botuverá.
Próximos eventos
Na próxima terça-feira (16), o primeiro aluno da história da Apae, Pierre Moritz, comemora seus 70 anos. Graças a ele, a entidade foi fundada há 60 anos na cidade, sendo a primeira Apae de Santa Catarina e a segunda fundada no Brasil. Por esta razão, a Federação das Apaes de Santa Catarina já planeja um evento maior, ainda em 2015, para comemorar a data. Outros quatro também estão previstos. Um deles é a homenagem que a Apae Brusque receberá na Assembleia Legislativa do Estado, em cerimônia marcada para o dia 16 de setembro. Ainda em setembro, acontece a tradicional festa da entidade.
Saiba mais
Você conhece todo o trabalho desenvolvido pela Apae Brusque? Fundada em 14 de setembro de 1954, é a primeira Apae formada em Santa Catarina e a segunda constituída no Brasil. Seu início foi marcado pelo nascimento de Pierre Moritz, filho de Ruth e Carlos Moritz. Em 2015, quando a entidade completa 60 anos, Pierre ainda é um dos seus alunos e, com ele, mais 270 estudantes. Ao longo da trajetória da Apae, pais e amigos se juntaram à caminhada e contribuem de forma permanente, visando o fortalecimento da instituição e a qualidade dos serviços prestados.
A Apae Brusque oferece atendimento gratuito em todas as suas frentes de atuação. É o caso da Clínica UniDuniTê, que realiza o Teste do Pezinho e o Teste da Orelhinha para crianças nascidas em Brusque, Guabiruba e Botuverá. Também possui atendimento especializado na prevenção de deficiências, através da estimulação precoce, com a média de dois mil atendimentos por ano.
No Centro Educacional e Profissionalizante Santa Inês, 60 jovens são atendidos nas oficinas protegidas, como tapeçaria, papel reciclado, iniciação para o mercado de trabalho e pré-qualificação profissional. Outra atuação se destina aos jovens com deficiência mental a partir dos 14 anos, com o objetivo de implantar e implementar as políticas de inclusão.
Por fim, há o Centro de Convivência Ruth de Sá, destinado aos usuários em fase de envelhecimento. No local são praticadas atividades ocupacionais e de lar, que estimulam a qualidade de vida.