O sim dado sob a benção da Fenajeep

Se em um casamento comum a maioria das mulheres tem o sonho de entrar de branco na igreja, ao som da marcha nupcial, o de Marcele de Almeida Rodrigues (38) teve como trilha sonora o ronco dos motores dos jipes da maior festa off road da América Latina. Levada de surpresa até o altar, montado na caçamba de uma Toyota Bandeirante na pista da Fenajeep, o noivo, Rodrigo Lopes de Oliveira (35), armou todos os detalhes para consagrar o felizes para sempre.

Juntos desde 2004, o relacionamento passou por diversas provações, até que no fim do ano passado resolveram romper. Se as tantas vezes em que terminaram mostravam que o amor estava enfraquecido, as outras muitas em que reataram era um sinal de que o sentimento ainda existia e era forte. Nessa crença, Rodrigo procurou Marcele uma semana antes do casamento para reatar o relacionamento. Frequentador da igreja Ministério Shekinah, ele acreditava ser a hora de selar essa união com a benção de Deus.

O primeiro encontro foi, justamente, a bordo de um jipe. Apaixonado pelo mundo 4x4, a Fenajeep foi o altar perfeito. Cerca de 40 amigos e parentes vieram de Curitiba e Itapoá, cidade de origem dos noivos, para prestigiar a cerimônia, além do grande público presente nas arquibancadas. Enquanto Rodrigo esperava nervoso próximo ao altar improvisado, a noiva seguia a bordo do Big Foot, imaginando ter sido sorteada para dar uma volta no carro de rodas gigantes.

Rodrigo ajoelhou-se e perguntou: “Marcele, você quer ser minha esposa e navegadora para o resto de nossas vidas?”. Apesar da acreditar nesse amor e saber da reciprocidade, Rodrigo afirma que a insegurança foi algo que não pode controlar. “Deu bastante insegurança. Aí eu tive que buscar uma forma de entrar no assunto de casamento com ela. Falamos e ela concordou. Tínhamos até marcado a data para 13 de julho. Mas eu estava bastante inseguro”. Mas, apesar do nervosismo, Marcele deu o sim. “Eu sou meio reservada, fiquei meio tensa, mas foi maravilhoso. Uma emoção única”.

Foi com o sim que os dois subiram ao altar e o pastor Levir Pelegrini, de Itapoá, concretizou o matrimônio. Com o sinal do pode beijar a noiva, a cerimônia terminou e, a bordo da Toyota, os dois deixaram a poeira rumo a um hotel fazenda na Serra da Dona Francisca. Os planos agora são morar junto, aumentar a família e continuar com que o jipe faça parte dessa história. “O jipe é tudo na nossa vida. Tinha tempo que não tínhamos nem carro, mas tínhamos jipe. Sempre existiu e sempre vai existir enquanto ela for minha navegadora”, finaliza, entre sorrisos, o marido jipeiro.