Em continuidade ao Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022), a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) realizou, durante a tarde desta segunda-feira, 8 de maio, em Brusque, uma importante reunião com fins de alinhar a Agenda de Desenvolvimento da Indústria. O evento durou aproximadamente quatro horas e reuniu presidente de sindicatos, lideranças empresariais, diretores do SENAI, SESI e IEL, além do vice-presidente regional da FIESC no Vale do Itajaí, Ingo Fischer. Carlos Henrique Ramos Fonseca, Diretor de Marketing e Relacionamento com o Mercado da federação, comandou os trabalhos.

Na ocasião, entre os assuntos debatidos houve uma imersão ao Observatório da Indústria Catarinense (OIC), uma ferramenta que integrantes da FIESC dispõe que, além de validar as prioridades regionais, desenvolve um conjunto de soluções para tornar acessível aos tomadores de decisão as principais informações que podem afetar o desempenho industrial da região.

“Nós fizemos um levantamento com 1700 empresários e o que foi relatado é que há uma carência muito grande de informações. O Observatório foi montado para suprir essa demanda. Ele é uma área da Federação que monitora qualquer fator que possa impactar a competitividade da indústria catarinense. Informações econômicas, de educação, de produtividade, de tendências, fontes de fomento, eventos (...) todas essas informações nós monitoramos e disponibilizamos para a indústria catarinense através do portal setorial”, explica Fernando Richatz, Analista de Inteligência Industrial que discursou sobre as funcionalidades do sistema do OIC.

O portal pode ser acessado pelo site (www.portalsetorialfiesc.com.br) ou então, através do download do app FIESC, nas lojas do Google ou da Apple. “São informações gratuitas e que permitem com que a indústria planeje melhor suas decisões. Esse é o principal foco: auxiliar a tomada de decisões da indústria”, continua.

Para Richatz, a obtenção de informações é vital para o crescimento da indústria, sendo esse o principal benefício do Observatório. A indústria que verificar o portal poderá, por exemplo, comparar o seu desempenho com o setor ou com as outras corporações de sua região. “Num horizonte mais amplo, temos a oportunidade de comércio internacional. No portal, a indústria pode verificar quais são os principais produtos exportados no mundo e quem são os compradores. Se tivermos uma empresa no estado querendo exportar, ela vai encontrar quem são os potenciais compradores para tal produto, trazendo uma vantagem competitiva para o setor catarinense”, salienta o analista.

Fernando destaca a importância do aparato, relacionando-o com o setor responsável por um terço da geração atual de emprego e um dos principais em números de estabelecimentos. Trata-se do setor têxtil, que resiste mesmo diante de todas as dificuldades e teve um primeiro trimestre considerado bom em Santa Catarina. “As informações contidas no portal são sempre as mais atuais possíveis. Nós temos sistemas de monitoramento e ela é alocada nas bases de dados do Observatório, processada e colocada no portal. Em média, no máximo em um dia a informação já está disponível. É tudo muito rápido e a indústria pode acessar no portal as informações mais atualizadas para a sua decisão”, finaliza.

O vice-presidente regional da FIESC no Vale do Itajaí Mirim, Ingo Fischer, ressalta que um bom gerenciamento de informações é necessário para ser mais um pilar de desenvolvimento industrial em Santa Catarina. “Estamos levando tecnologias aos processos industriais, para que a indústria se torne mais competitiva num cenário de concorrência global e mudanças aceleradas. Podemos dizer que informação de qualidade no dia de hoje é tudo”, conclui.