Apesar do Legislativo brusquense ter rejeitado o financiamento de R$ 48 milhões para obras de mobilidade urbana, o prefeito Paulo Eccel não desistiu da ideia e nesta semana retornou a Brasília para tentar “salvar” o projeto de construção de uma nova ponte sobre o Rio Itajaí-Mirim, no Centro, e a primeira etapa do anel viário. Nesta quinta-feira (5) Eccel retornou a Brusque, otimista com a possibilidade de dar continuidade ao projeto, com pequenas alterações, permitindo que os vereadores revejam a posição adotada na semana passada, quando houve a rejeição do empréstimo internacional.
O prefeito relatou que esteve no CAF (Corporação Andina de Fomento), o Banco da América Latina, para informar que a proposta tinha sido rejeitada pelo Legislativo e questionar se seria possível realizar algumas alterações no projeto original para uma reapresentação na casa de leis. Eccel foi informado que se ocorrer a inclusão de outra obra qualquer o projeto deverá ser reiniciado do zero novamente, perdendo todo o trâmite já percorrido.
Outro ponto ruim para uma alteração substancial no projeto do financiamento é que diante da situação crítica econômica e fiscal do Brasil, não é certeza de que numa reavaliação ele seja autorizada, “porque está havendo uma redução muito forte das questões de endividamento do setor público”, informou Paulo Eccel. Embora quem vai pagar esse financiamento é o município de Brusque, o governo federal entra como avalista. Como o teto do financiamento é de R$ 48 milhões, nesse projeto não cabe a extensão da Avenida Beira Rio, como querem os vereadores.
Outra informação importante anunciada pelo prefeito é de que, apesar do revés sofrido na Câmara de Vereadores, o projeto do financiamento internacional terá continuidade em seu andamento para aprovação e que no início do mês de abril representantes da instituição financeira virão a Brusque fazer uma avaliação no Plano de Mobilidade Urbana apresentado a eles no inicio das tratativas do financiamento.
“De certa forma, sai contente porque eles não estão colocando um ponto final neste processo. Eu falei a eles da possibilidade de uma realização por parte da Câmara de Vereadores, estamos estudando a possibilidade de algumas alterações no texto, deixando claro que a Beira Rio vai sair, ela está em nosso plano de governo e o objetivo é continuar o prolongamento da Beira Rio, mas o recurso não pode ser desse financiamento”, explicou o prefeito.