A não aprovação do financiamento internacional para investimentos em obras de mobilidade urbana causou um prejuízo aos cofres da administração municipal de Brusque na ordem de R$ 1,7 milhão. Na quinta-feira (26), os vereadores oposicionistas rejeitaram o financiamento de R$ 96 milhões que seriam aplicados nas obras de uma nova ponte central em Brusque, parte do anel viário e asfaltamento de 22 ruas da cidade. Para se habilitar ao financiamento, a Prefeitura pagou os projetos com recursos próprios.
Para a elaboração do projeto da ponte central foi contratada a empresa Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia, com custo de R$ 382,910.28 e, segundo o diretor do DGI (Departamento Geral de Infraestrutura), Artur Antunes, a etapa de projeto estava basicamente concluída. Já o projeto da primeira etapa do anel viário, com 4,5 km de extensão, custou aos cofres da Prefeitura R$ 1.320.295,67 e a empresa responsável foi a Prosul – Projetos, Supervisão e Planejamento.
Desde o início de 2014, a Prefeitura de Brusque vinha se empenhando com suas equipes de planejamento e DGI para chegar nesse estágio e, segundo Artur Antunes, todo trabalho foi desperdiçado com a não aprovação do financiamento por parte do Legislativo. Ele disse que não há um plano “B” tendo em vista que a Prefeitura não dispõe de recursos próprios para bancar essa obra e que os projetos ficarão arquivados, mas os mais de R$ 1,7 milhão já foram investidos nestes projetos, portanto, a cidade vai ficar no prejuízo.
A CONTRAPARTIDA
O diretor do DGI explicou que, apesar da pavimentação de 22 vias urbanas estar inserida no Plano de Mobilidade Urbana, com recursos na ordem de quase R$ 50 milhões, esse valor não ficou comprometido, pois ele servia apenas como contrapartida exigida pelo banco social que financiaria a ponte e parte do anel viário.
Segundo Artur, o banco que ia oferecer o financiamento ao município é um banco de desenvolvimento e ele permite que a contrapartida seja com recursos que estão sendo aplicados em obras de mobilidade, por isso houve a necessidade de incluir a pavimentação destas ruas e os investimentos do PAC para viabilizar o empréstimo de R$ 48 milhões que seriam aplicados na nova ponte (R$ 25 milhões), no anel viário (R$ 14 milhões) e em obras complementares de acesso (R$ 9 milhões).