A Prefeitura de Brusque anunciou hoje, quinta-feira (9), o início de um mutirão para zerar a fila de espera das cirurgias via Sistema Único de Saúde (SUS) no município. O programa Fila Zero foi apresentado à imprensa no Hospital Dom Joaquim, onde também foram assinados os convênios da Secretaria Municipal da Saúde com o próprio hospital, bem como o de Azambuja para a execução dos serviços.
Segundo dados da pasta, cerca de 14 mil pessoas aguardam pelos procedimentos em diversas especialidades. O secretário da Saúde, Humberto Martins Fornari, acredita que em cerca de dois meses esse número tenha sido reduzido ao ponto de fazer jus ao nome do programa.
“Pela programação que a nossa diretora de especialidades desenvolveu, esse deverá ser o prazo. Até porque vamos dar atendimento ao sábado em turno até à 00h e habilitaremos a Policlínica para que isso ocorra nos horários mais diversos possíveis”, disse ele.
Levantamento da secretaria aponta que o custo de todos os quase 15 mil procedimentos que estão na fila de espera desde 2015 ultrapasse R$ 2 milhões. Entretanto, disse Fornari, conversas com médicos e com os hospitais que vão servir de espaço para a execução os serviços fará com que isso passe apenas dos R$ 500 mil.
“Nós fizemos mutirão com a Prefeitura já há muitos anos e vamos continuar fazendo. O hospital sempre foi parceiro da Secretaria da Saúde, da população de Brusque, e vai continuar sendo”, frisou o administrador do hospital de Azambuja, Fabiano Amorim.
Ele, o padre Timóteo José Steinbach, que preside a diretoria do Dom Joaquim, mais o prefeito Jonas Oscar Paegle, assinaram os termos que firmam o convênio. Os hospitais vão fornecer suas estruturas e profissionais para a execução das cirurgias.
“O hospital está pronto para atender, de acordo com o contrato assinado. O que é esse contrato? Inicialmente tínhamos 75 cirurgias por mês e com essa proposta da Fila Zero foi dobrado para 150 procedimentos ao mês”, disse o administrador do Dom Joaquim, Mauro Junghlaus.
Dos quase 15 mil procedimentos represados, a maioria é para cirurgias consideradas de não urgência. Porém, o prefeito Joanas Paegle, que é médico, frisou que a intenção é atacar essas situações para evitar que se transformem em algo mais crítico. “Todas as cirurgias são preocupantes. Uma hérnia normal, aparentemente, não é urgência, mas pode encarcerar e tornar-se urgência. Com doença não se brinca”, disse ele.
Embora apresentado nesta quinta-feira, o trabalho de execução das cirurgias já começou. De acordo com a Secretaria da Saúde, no último sábado (4) foram realizadas 20 delas na área da oftalmologia. O secretário Fornari disse que outras 40 estão já programadas e a intenção é chegar a 100 por semana. As especialidades são variadas.