Faleceu Telmo Ruzinski
Faleceu às 3h45min de sábado (28), o empresário Telmo Ruzinski (52). O corpo foi velado na Capela Mortuária do Centro e o sepultamento aconteceu às 10 horas da manhã deste domingo, no Cemitério Parque da Saudade. Telmo, que era presidente do diretório municipal do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi vitimado por um enfarto do miocárdio. Ele deixa esposa e um casal de filhos.
Um hábil articulador político, Telmo Ruzinski participou no dia 18 deste mês do programa Agito Geral, onde conversou com o apresentador Dirlei Silva sobre os preparativos do PTB para as eleições de outubro. Naquela oportunidade, Telmo já anunciava que o pleito brusquense teria três candidaturas majoritárias, o que efetivamente vem se desenhando.
Entre outros pontos abordados, Dirlei e Telmo resgataram também momentos da participação do empresário no futebol Paysanduano. Telmo chegou a treinar o clube por algum tempo, quando a rivalidade com o clube Carlos Renaux fervilhava pelas ruas da cidade.
Resgatamos na internet um texto publicado no dia 7 de fevereiro de 2005 pelo jornal Tribuna Regional, aqui de Brusque, e que teve como fonte original o site ClicRBS. Nele, um pouco da história de vida de Telmo Ruzinski, que atuava como representante comercial e à época estava com 50 anos de idade. Diz o texto “Nostalgia de um Rei Momo aposentado”.
Nostálgicos, os olhos espremidos do representante comercial Telmo Ruzinski, 50 anos, vagam pelo escritório. O cenário ajuda a voltar pelo menos duas décadas, quando, muito mais magro, foi eleito rei. Os tradicionais bailes de carnaval Verde e Branco do Clube Esportivo Paysandú foram extintos há 22 anos, mas até hoje Ruzinski é conhecido em Brusque e até em outras cidades como Rei Momo. "Tenho samba no pé".
O atributo manteve Ruzinski no cargo durante cinco anos consecutivos. De 1975 a 1980, ninguém conseguiu substituí-lo. "Só foi mudando a rainha", conta. "E para ser eleita, a moça tinha que ser do Paysandú". Até no Carnaval a rivalidade entre os dois times de futebol da cidade ganhava as ruas. Se quisessem entrar no baile, os torcedores do Clube Atlético Carlos Renaux, azul e vermelho, eram forçados a vestir verde e branco.
"Os outros até tentavam, mas não tinha para ninguém", orgulha-se o rei. "O Baile Verde e Branco era o melhor de Santa Catarina. O pessoal do Carlos Renaux não tinha outra opção". Durante o reinado, Ruzinski foi diretor-social e presidente do clube.
Na década de 80, Telmo levou o Carnaval para a rua ao organizar desfiles de blocos que culminavam com o baile. "Não me lembro de uma festa com menos de dez blocos". Numa ocasião, os organizadores perderam o controle dos ingressos e as portas do salão tiveram que ser fechadas. "A nossa sorte é que a banda tinha quatro amplificadores que foram colocados do lado de fora e o povo se divertiu ali mesmo".
Com gente de toda a região, os bailes do Paysandú - que viravam as noites de sexta a terça - eram festas familiares. Uma lembrança faz os olhos de Ruzinski pararem na viagem pelo tempo. "Às 5h, no meio do baile, toca o telefone". Era da maternidade. "Minha filha Ana Paula estava nascendo. Fui correndo, cheio de confete e serpentina pelo corpo", lembra. "Não é um ponta-esquerda", disse o médico.
"Mas é a rainha do carnaval", rebateu o Rei Momo. Aquele foi o último baile carnavalesco ocorrido no Paysandú.
Fonte: clicrbs/Tribuna Regional



