Um amor incondicional
A Associação Brusquense Protetora dos Animais foi criada há nove anos. Desde então o trabalho de voluntários vem sendo divulgado, não pela mídia, mas de boca em boca. Fato que, ao invés de ajudar a Associação, tem criado cada vez mais problemas. E isto tem acontecido porque a entidade, que conta com oito voluntários e não tem sede própria, não recebe ajuda financeira nem do Poder Público e nem mesmo de qualquer outro órgão.
Ou seja, os voluntários é que tiram dinheiro do próprio bolso para pagar as despesas. De acordo com a direção da Associação, a cada dia que passa mais animais são abandonados pela cidade. Existem até casos de pessoas inescrupulosas, que usam de má fé para conseguir atendimento médico para os animais por meio da Associação.
Segundo a voluntária Acires Martins, hoje são cerca de 300 animais que estão alojados na casa de seis voluntários. Poucos animais estão disponíveis para adoção. "Depois que pegamos amor, não colocamos para doação. Então, se passar muito tempo, o bichinho acaba ficando" contou Acires. A entidade, que já buscou auxílio do Poder Público Municipal sem obter sucesso, espera agora contar com a solidariedade da comunidade brusquense para dar a assistência que os animais precisam e pagar os mais de R$ 7 mil “pendurados” em clínicas veterinárias da cidade.
Raquel Morelli contou aos repórteres Júlio Mocellin e Liliane Dias, que quando buscam um gato ou cachorro que tem alguma fratura ou está com alguma doença, o mesmo recebe todo o atendimento veterinário que precisa. E esta situação pôde ser vista de perto durante a entrevista, onde ficou evidente todo o amor e respeito com que estes animais são tratados. Somente na casa de uma das voluntárias estão abrigados 26 cachorros e cerca de 15 gatos.
E o caso tem se agravado a cada dia que passa, pois algumas pessoas esqueceram o que realmente significa ter um animal de estimação. Cansada de ver maus tratos, Raquel desabafou: "Se as pessoas não querem um bichinho que dê trabalho, comprem um de pelúcia. Assim ele pode ser guardado no armário quando o dono se cansar".


