O secretário de saúde de Brusque, Humberto Fornari esteve no estúdio da Rádio Cidade na manhã desta segunda-feira (16) para falar sobre os desafios e os primeiros trabalhos a frente de uma das pastas mais movimentadas, por conta das questões que envolvem exames, medicamentos e atendimento ao cidadão.
Segundo o secretário, o estoque da farmácia básica ainda com falta de alguns medicamentos. Na transição de gestões, uma licitação não teve andamento por conta das dificuldades financeiras da pasta. Com essa licitação prosseguindo no começo do ano, a expectativa é de que o estoque volte ao normal no menor tempo possível.
Com relação à distribuição dos medicamentos, Fornari acredita que ela pode melhorar por conta da estrutura de informatização da secretaria. Porém, a rede de informações é mal alimentada, ou seja, questões como o prazo de vencimento dos medicamentos não são controladas através desse sistema. Com a informação chegando ao sistema, os medicamentos poderão ser repassados antes de perderem a validade.
A demanda reprimida por exames na cidade chega a 20 mil. E segundo o secretário, um período entre três e seis meses seria necessário, dependendo do orçamento colocado à disposição pelo poder público para que todos os exames fossem colocados em dia.
A frota da secretaria de saúde corresponde a 40 veículos, nas mais diversas ações. Somente no SAMU, mais um pedido de ambulância foi feito. Segundo Fornari, um dos técnicos do SAMU chegou a pedir a paralisação do serviço por falta de condições, o que não foi aceito. Na frota total, 22 veículos estão parados por vários motivos, entre eles a falta de manutenção.
Com relação ao Hospital de Azambuja, o secretário afirmou que buscará manter a melhor relação possível tanto com a entidade, como com o Hospital de Dom Joaquim, por conta do volume de atendimento através do SUS. Até que toda a documentação de sua nomeação fosse concluída, houve um pequeno atraso no repasse de recursos, situação que já está em fase de normalização.
Sobre o Hospital Evangélico, Fornari admite que nenhuma ajuda financeira poderá ser feita à entidade, por conta do fechamento temporário da filantropia, situação ativada no Azambuja e no Dom Joaquim. Ou seja, esses hospitais trabalham com 60% de suas atividades nesse modelo, com a Prefeitura de Brusque realizando a compra de procedimentos através do SUS.
Já a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a ideia é de que o atendimento de urgência aconteça na estrutura, e apenas a emergência seja encaminhada para os hospitais. Para padronizar essa questão, o secretário acredita que o bom atendimento pode mudar essa cultura de que todos os casos precisam ir para o hospital.



