Diabéticos têm dificuldade para testes de glicemia pelo SUS
O eletricista Lorival Eger viveu uma situação que o deixou indignado. Ele foi em busca de auxílio no setor de saúde do município para que a esposa realizasse um teste que mede o nível de açúcar no sangue. Recebeu a informação de que não poderia ser atendido, pois o material que possibilita tal procedimento apresentava defeito: a fita utilizada para fazer a coleta do sangue era inapropriada para o aparelho que estava disponível.
Resultado: ele teve que comprar um aparelho, que custa em torno de R$ 120, para poder iniciar o tratamento da esposa. Como não há fita no tamanho apropriado para a máquina na unidade de saúde, ele também vai ter que comprar o material, que vem com aproximadamente 50 fitas e tem custo médio de R$ 150. “E quem não tem condições de comprar?”, questiona.
De acordo com uma funcionária do posto de saúde do Centro, que pede para não ter seu nome divulgado, o problema ocorrido é que a remessa de fitas que foi adquirida apresentou defeito. Conforme a explicação, o código de barras das mesmas não é reconhecido pela máquina, o que impossibilita de o teste ser concluído.
A funcionária disse ainda que o setor de saúde do município faz a compra de poucas fitas de cada vez, mas que a procura pelos testes é muito grande. Existe, ainda segundo ela, uma determinação para que somente sejam aplicadas em pessoas portadoras de diabetes e que sejam usuárias de insulina, que é um substituto para o líquido que não é mais produzido pelo pâncreas e que precisa ser injetado artificialmente no organismo para ajudar no transporte da glicose do sangue às células do corpo, onde será usada como fonte de energia.