A Polícia Militar informou que os presos rebelados na PIG (Penitenciária Industrial de Guarapuava) fizeram novas reivindicações na manhã desta terça-feira, 14. De acordo com o tenente Fábio Zarpelon, os internos querem a garantia de que não serão transferidos para outras unidades de segurança máxima do Estado. Alguns pedem a progressão para o regime semiaberto. Segundo a PM, a situação dentro da penitenciária está controlada e as negociações continuam durante a tarde.
No fim da manhã desta terça, os presos liberaram o segundo agente penitenciário, dos 12 capturados como reféns no motim, iniciado nesta segunda-feira, 13. Eles decidiram soltar Luiz Galvão, que, segundo a polícia, tem problemas de saúde. Com ferimentos leves, o funcionário da PIG foi encaminhado ao atendimento médico e passa bem. Em troca da liberação, os presos receberam comida.
O primeiro agente havia sido liberado ainda na manhã de segunda. Segundo o Samu, ele sofreu queimaduras de segundo grau em 40% do corpo. Encaminhado ao hospital, o homem também passa bem, segundo último boletim.
Alguns presos condenados por crimes sexuais também sofreram agressões. O caso mais grave era de um homem que teve traumatismo craniano. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Além da permanência em Guarapuava e da progressão de regime, os presos pedem melhora na qualidade das marmitas. Mas o principal motivo da rebelião foi o descontentamento com as medidas tomadas pela direção da PIG.
“Os presos dizem que estão insatisfeitos com as condições do presídio. Temos uma equipe do COE [Corpo de Operações Especiais] dentro do presídio, que está mediando as negociações. Vamos levar as demandas dos presos às autoridades, para saber o que é possível atender, para acabar com essa rebelião o quanto antes”, concluiu o oficial Zarpelon.