Há exatamente uma semana começava a angústia de uma família na procura de Mosair Roberto da Silva (36). No domingo (24) ele deixou sua residência em direção ao Supermercado Barateiro, no bairro Santa Rita. Comprou uma garrafa de Vodka e alguns limões. Colocou em uma sacola e seguiu em direção ao morro do observatório. Uma última câmera de segurança flagrou Mosair subindo a via de acesso ao morro com uma sacola nas mãos.

Seus familiares tinham viajado para um passeio e Mosair, a princípio disse que não queria seguir junto. Posteriormente mudou de idéia, mas perdeu a vaga no ônibus e não pode seguir junto. Desde então já se passou uma semana e nenhuma pista que possa apontar o que aconteceu. Familiares e amigos somam um grupo de 20 pessoas que não parou um dia sequer de procurá-lo nas matas que cercam o morro do observatório. Alguns vieram de Minas Gerais para reforçar nas buscas.

As buscas ganharam o reforço do Corpo de Bombeiros, que aguardou uma pista para poder saber por onde iniciar as buscas. As imagens de uma residência localizada no acesso ao morro mostram claramente ele iniciando a subida. Sua mãe, num momento de desespero chegou a dizer a nossa reportagem: “Deus me deu, Deus está tirando meu filho de mim”, ainda sem saber o desfecho desta procura. Nem a chuva que cai neste domingo em Brusque serviu para intimidar os amigos e familiares na busca.

Mosair é casado e tem dois filhos. Uma menina de oIto e um menino de dois anos de idade. Ele viveu alguns anos na Inglaterra e depois que retornou para o Brasil enfrentou um contraste gritante no respeito aos direitos fundamentais de um cidadão. Isso fez com que ele apresentasse um quadro de distúrbios de depressão e não se conformava com isso, mas seus familiares não acreditam que era argumento suficiente para que ele tirasse a própria vida, afinal, tinha recursos financeiros conquistados no exterior que lhe garantiam uma qualidade de vida para a família. Ele e a esposa estão empregados.

A família lamenta que não haja uma mobilização maior na procura por Mosair. Eles acreditam que ele se embrenhou no mato e que, apesar de nunca fazer uso de bebida alcoólica, tenha tomado a vodka e passado mal com os medicamentos que fazia uso. A verdade é que o maior inimigo passa a ser o tempo e que quanto mais demorar para ser encontrado, menor a possibilidade de ser achado com vida. As buscas continuam neste fim de semana. Ele saiu de casa sem levar documentos e o celular.

LDO