"Confecção e outros setores estão enfrentando dificuldade de insumos"

O cenário econômico tem se mostrado com bons ventos para a indústria catarinense. O estado é destaque entre todos no país ao liderar o número de pessoas com carteira assinada. A informação foi repassada pela empresária Rita de Cassia Conti, presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr).
Para ela, o estado sempre esteve à frente dos demais no campo econômico. Santa Catarina sempre foi otimista e conseguiu absorver os impactos das crises. Um dos motivos para isso, na visão da empresária, é o fator multisetorial da economia catarinense. Os números apresentados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catrina (Fiesc) e pela Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina (Facisc) corrobora essa percepção. "Acima de São Paulo, com maior número de trabalhadores com carteira assinada. Uma coisa é pandemia e outra é retomada econômica",disse Rita ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade.
Os bons ventos que estão soprando já estão sendo sentidos no setor têxtil e de confecção. Em termos de importação de produtos e insumos, o cenário aponta para uma mudança na decisão das grandes redes na hora de comprar. Antes da pandemia, elas buscavam cada vez mais trazer de fora do país tanto produtos quanto matéria prima, ficando dependentes de alguns mercados. Como a China, por exemplo. Tudo vem indicando que a postura daqui para frente será de comprar de quem produz dentro do Brasil.
Mas nem tudo são flores. Segundo Rita, o Dólar alto com tem ficado nas últimas semanas, batendo a casa do R$ 5,60, tem se tornado atrativo para empresas que fornecem insumos para a indústria têxtil. Com isso, elas têm preferido vender para fora do Brasil, fazendo com que o preço interno eleve. Acaba ficando mais caro para quem produz dentro do país e precisa se abastecer de matéria prima interna.
"A confecção e outros setores estão enfrentando dificuldade de insumos, pois as grandes fiações do Nordeste e Mato Grosos estão vendendo para fora. Uma parte pequena está ficando em Santa Catarina e os preços estão ficando altos", pontua a presidente da Acibr..