Aliar a educação com a consciência ambiental e melhor aproveitamento dos recursos naturais, é desta forma que a Prefeitura de Brusque, por meio da Secretaria da Educação, trabalha com as crianças do Ensino Fundamental e Infantil.

É através do projeto Nossa Escola Nossa Lar que professores e alunos da rede pública municipal de ensino criam alternativas sustentáveis através de ações que envolvem à Sustentabilidade e o Meio Ambiente.

Desenvolvido em anos anteriores pela Secretaria da Educação de Brusque, o projeto Nossa Escola Nossa Lar visava unicamente o plantio de hortaliças e melhorias nas escolas. Agora, tem como foco desenvolver as atividades voltadas à ambientalização e cuidados com o espaço escolar. Atualmente, conforme explica a coordenadora da iniciativa, Stela Maris Maccarini Fischer, “o projeto tem a proposta de trabalhar com a horta escolar, plantio de árvores frutíferas, construção de composteira, revitalização dos arredores, jardinagem, orquidário, pequenos animais, projetos de sustentabilidade e preservação ambiental”.

Os projetos ocorrem em sua maioria nas escolas de campo, mas também são difundidos em quase todas as unidades da rede pública de ensino. Segundo Stela, o objetivo é fazer a criança gostar de estar na escola e cuidar do ambiente como se fosse sua casa. “Por isso o nome de Nossa Escola Nosso Lar e, dentro dessa proposta, temos várias iniciativas”, ressalta. “São diversos projetos com objetivos sempre voltados à Educação. Existe todo um trabalho de interdisciplinaridade, relacionando a questão pedagógica junto com as disciplinas de matemática, ciências, geografia, entre outros”.

Escola modelo
Localizada no bairro Cedro Grande, a Escola Edith Gama Ramos é vista hoje como uma referência dentro da iniciativa. Segundo Stela, na escola de campo serão realizados todos os projetos da secretaria, entre eles horta, pomar, composteira, trabalhos de sustentabilidade com garrafas pet, entre outros. Ela ressalta, ainda, que a intenção é de que, futuramente, os alunos da unidade de ensino possam ter água quente na pia da cozinha e no chuveiro por meio de um trabalho com energia solar.

“Como aqui existem muitas atividades agrícolas, depois destas atividades os alunos poderão tomar banho quente por meio da água aquecida através da energia solar. É um projeto bem criativo, que já foi testado na escola Adelina Zirke, com prêmios em nível nacional em 2012”, comenta.

Responsável pela manutenção do local, Nelson Frener cuida carinho de cada espaço da escola, que chama a atenção pelas variedades. “Temos aqui o projeto hortas e já estamos colhendo muita coisa: alface, repolho, brócolis, batata inglesa, feijão-de-metro que no nordeste é feijão-de-corda, e também temos nos fundos uma parte da horta onde temos diversos temperos”, explica, orgulhoso. Toda a colheita feita pelos alunos vira refeição para as próprias crianças no dia a dia da escola.

 “Agora começamos nosso projeto chá, e aqui onde hoje existem pneus com repolho será o nosso orquidário. Já tivemos em um determinado momento, haviam muitas orquídeas, além do orquidário, mas foi acabado com esse projeto. Mas queremos retomá-lo e pretendemos fazer também uma sementeira através de estufa”, diz. “É um local que nos propicia diversas iniciativas e eu não poderia deixar de mencionar o empenho da Cida, que é a nossa diretora, para que tudo isso seja possível. Uma das nossas propostas aqui na Edith Gama Ramos também é semear e produzir mudas para oferecer para as escolas”, destaca.

O trabalho no campo gera muitas experiências, proporcionado uma vivência diferenciada aos alunos. “Essa iniciativa nos possibilita fazer experiências. Uma delas foi ralar cenoura e batata para mostrar aos alunos o por quê de a batata ficar muito mais quente depois de cozida do que a cenoura; exatamente porque a batata tem muito mais água. São coisas que as crianças gostam, por isso participam efetivamente e interagem”, comemora.