Intervenção em Gaspar se baseou na de Brusque

Assunto que gerou uma grande polêmica em Brusque nos idos de 2013, a intervenção de um hospital de caráter privado pelo poder público vira notícia, também, na cidade de Gaspar. A história é mais ou menos parecida. Vários embates entre o corpo administrativo do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (HNSPS) e a Prefeitura, causados por acusações de supostas irregularidades financeiras, resultaram no decreto assinado na última quarta-feira (280, pelo prefeito Celso Zuchi (PT).
De acordo com a secretária de Saúde do município de Gaspar, Márcia Cansian, o fato de o HNSPS não ter honrado uma série de dívidas com a municipalidade, além de não prestar as devidas contas da maneira correta, foram decisivas para que a atitude fosse tomada. Para que não paralisasse os serviços de urgência e emergência e o próprio atendimento no município, foi feito o decreto requisitando os bens móveis e imóveis no hospital de Gaspar nesta quarta, disse ela à Rádio Cidade.
Da mesma forma que aconteceu em Brusque, novamente a empresa Amorim & Associados, comandada por Fabiano Amorim, será a responsável por gerir a unidade hospitalar gasparense. Ainda de acordo com Marcia, que já atuou como diretora de Saúde na Prefeitura de Brusque, um contato com o Executivo brusquense auxiliou na tomada da decisão que contratou a mesma empresa para administrar o HNSPS. Com a intervenção, uma comissão organizada pela sociedade civil foi montada e coube a esse grupo de cinco pessoas contratar a Amorim & Associados.
Márcia ressalta que vários materiais de limpeza e, inclusive, oxigênio e outros remédios começaram a faltar no hospital. Na ocasião da intervenção pública na unidade, houve resistência por parte do corpo administrativo, que se recusaram a deixar o local. Sabemos, inclusive, que foi pedida uma liminar para derrubar a intervenção ressalta a secretária. Esta liminar foi negada.
Informações coletadas pela Rádio Cidade junto com profissionais de jornalismo do município vizinho deram conta de que a presença da Polícia Militar foi necessária e que, inclusive, fechaduras foram trocadas. A Rádio Cidade tentou contato com Fabiano Amorim e com a gestão do HNSPS, porém, não obteve sucesso.