Dalva Zagheni (62) adora ler. Um de seus lugares favoritos é a biblioteca e, sempre que pode, está com livro novo em mãos. O único detalhe é que Dalva não enxerga. Cega desde os 17 anos de idade, ela aprendeu a ler em braile em apenas dois meses para estar mais próxima dos livros. Porém, a dificuldade em encontrar exemplares em braile na região onde mora impede o contato com a literatura. Para amenizar o problema, o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) está ampliando seu acervo para que Dalva e outras pessoas da comunidade possam matar as saudades dos livros.
A biblioteca acadêmica da unidade já possui alguns livros em braile na instituição, e, recentemente, passou a receber a versão em braile do Jornal do Senado, que fala sobre todos os atos tratados no local.
“Atualmente, estamos ampliando a construção do nosso acervo, atendendo critérios de acessibilidade e inclusão, bem como com o intuito de oferecer igualitariamente acesso à informação aos nossos usuários e membros da comunidade”, explica a bibliotecária-chefe Carla Zenita do Nascimento.
Além disso, a instituição também está em contato com a Fundação Dorina Nowill e o Instituto Benjamin Constant para receber outros exemplares de livros totalmente em braile.
“Estamos guardando retorno das Instituições citadas. Dessa forma, acreditamos que o acervo em braile constituído sirva de estímulo para o exercício da cidadania e autonomia”, afirma.