Policial prevê lapso temporal no efetivo estadual

A gestão de pessoas numa organização, principalmente no servidorismo público, se mostra cada vez mais um lance difícil de ser feito de maneira que nenhum problema ocorra no caminho. Um exemplo claro pode ser observado na Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), onde um projeto de lei que aproxima o salário dos aposentados, da remuneração dos da ativa, apesar de benéfico para toda a categoria, vem causando preocupação geral no que se diz a uma possível diminuição de contingente. Tudo porque se espera uma grande quantidade de agentes em fim de carreira requerendo a sua aposentadoria, causando um intenso desfalque no efetivo atual.
De acordo com Clarice da Silva Zimmermann, psicóloga policial civil e gerente de recursos humanos da PCSC, em entrevista exclusiva à Rádio Cidade, a procura pela aposentadoria deve começar a partir do mês de agosto, quando a lei começa a vigorar. Temos a estimativa, porém, nenhum pedido concreto de aposentadoria ainda, ressalta Clarice, ganhadora da medalha Alice Guilhon Gonzaga Petrelli, em outubro passado.
Apesar disso, para ela, o impacto não será tão grande como o esperado, tendo em vista que existem cerca de 350 novos agentes que estão prestes a ingressar na carreira policial, mais do que o número esperado de pedidos de aposentadorias. A servidora citou o ano de 2008, quando o maior número de requerimentos para encerramento de carreiras, junto aos recursos humanos da PCSC, foi de 175 policiais. Penso que não vamos ter um número maior do que naquele ano, pontua. Naquele ano, mudanças na previdência social causaram o grande número de pedidos.
Mas a situação não é tão calma assim, prevê a gerente. Até que todos os agentes em fim de carreira se aposentem e todos os policiais completem o seu treinamento, um lapso temporal ocasionará, sim, um desfalque nas delegacias pelo estado. O concurso da PCSC já foi aprovado pelo governo, porém, os trâmites totais do edital levam cerca de um ano para serem conclusos. Vai haver um lapso. Mas o que eu imagino, honestamente, é que não haverá um déficit tão grande assim, falou Clarice. No fim, ressalta a servidora, haverá um equilíbrio.
LDO