Desde o dia 1º de janeiro deste ano, o governo federal retomou a gestão do Porto de Itajaí. A gestão, que era municipalizada até 31 de dezembro de 2024, passou a ser conduzida pela Autoridade Portuária de Santos (APS). O porto de Santos, em São Paulo, é o maior do Brasil, seguido pelo de Itajaí.

Servidor aposentado do Porto de Itajaí, o brusquense Heder Cassiano Moritz foi o entrevistado do Rádio Revista Cidade desta sexta-feira (10). Ele trabalhou no complexo por 42 anos, tendo se aposentado em 2022. Começou na área operacional, em agosto de 1979. Foi o primeiro diretor de logística do porto. Atuou também como diretor comercial e como diretor administrativo-financeiro, chegando a exercer as funções de administrador e superintendente. “Fiz a minha carreira lá”, falou com orgulho.

Moritz participou de um projeto para aumentar a área física do complexo, principalmente os espaços de armazenagem e de novos equipamentos. Porém, ocorreu atraso no processo do novo arrendamento. “Tem áreas que foram desapropriadas ao longo desses anos, que já deveriam ter sido incorporadas e que não foi possível por causa exatamente do atraso no processo do novo arrendamento”, destacou.

O brusquense assinalou que as condições climáticas interferem no trabalho do porto. “Dá uma chuva com maior intensidade, aumenta os níveis dos rios, aumenta a correnteza.”

Segundo ele, a parte do complexo que envolve Navegantes tem uma deficiência muito grande no que se refere ao transporte. “Está na mão do transporte rodoviário. Você, infelizmente, não tem uma ligação ferroviária”, pontuou.

Devido Brusque ser um polo têxtil, a cidade está muito ligada ao Porto de Itajaí. E isso é motivo de satisfação para Moritz. “Tenho muito orgulho de ser brusquense”, declarou.