(VÍDEO) Deucher lança documentários sobre a escravidão em Brusque

O bate-papo do Rádio Revista Cidade desta quinta-feira (13) foi com o jornalista e historiador Celso Deucher, que está lançando uma série de três documentários. As produções retratam episódios sobre a escravidão em Brusque, no século XIX, e a chegada de famílias africanas à cidade, por volta de 1910. Os filmes foram contemplados com recursos da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Paulo Gustavo, através da Fundação Cultural de Brusque.

Na última terça-feira (11), Deucher apresentou ao público, na Casa de Brusque, o documentário “Fosso dos Lamentos” que conta a maneira como Pedro Werner punia os seus escravos. “Quando eles não faziam o que o Pedro queria, eram colocados dentro de um fosso. Os escravizados ficavam lá uma semana, às vezes, só com água e alguma comida. Isso gerou uma lenda na cidade chamada almas penadas. No final, a gente foi descobrir que eram os escravos que estavam dentro desses fossos.”

Os próximos filmes que Deucher lançará serão “Muito Além da Escravidão” e “Ginoca e Cipriano”. “Muito Além da Escravidão” poderá ser visto nesta sexta-feira (14), às 19h30, na Casa de Brusque. O público conhecerá a história da escrava Maria que teve um contrato de trabalho que se estendeu após a abolição da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1888. “É outra história que vale a pena as pessoas assistirem. Um filme muito legal de 40 minutos”, destacou Deucher.

Na segunda-feira (17), os brusquenses poderão prestigiar “Ginoca e Cipriano”. A apresentação será às 19h30, na Casa de Brusque. O filme resgata a chegada das famílias africanas, Ginoca e Cipriano, em Brusque, no início do século XX. “Os Cipriano que são os fundadores do Morro dos Pretos, aqui na divisa Brusque e Guabiruba”, mencionou o historiador.

Rio Itajaí-Mirim

Uma das produções que Deucher está preparando para este ano é o documentário sobre o rio Itajaí-Mirim. O filme contará com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), por meio da Fundação Cultural de Brusque. “É um documentário que ele envolve um pouco esse olhar poético nosso em relação ao rio. Que nos deu sustento no início da colonização, mas também envolve essa coisa maluca de amor e ódio. A poluição que nós promovemos e as enchentes que o rio, muitas vezes, coloca a cidade em polvorosa”, assinalou.

As gravações deverão ocorrer entre os meses de julho a setembro.