Para fortalecer o Serviço de Família Acolhedora de Brusque, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social realizou uma reunião nesta terça-feira (8), na Câmara de Vereadores. Além de representantes da secretaria e da Família Acolhedora, participaram do encontro os vereadores, a promotora de Justiça da Infância e da Juventude, Fernanda Vailati, e o juiz Maycon Rangel Favareto, titular da Vara da Família, Órfãos, Sucessões e Infância e Juventude da Comarca de Brusque.
O Serviço de Família Acolhedora é oferecido em Brusque há 12 anos. Trata-se de uma iniciativa que visa garantir a proteção e o bem-estar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo um lar temporário para que eles possam se sentir amparados enquanto aguardam a solução de sua situação familiar. Ou seja, se poderão retornar a seus lares de origem ou se serão encaminhados para adoção.
A coordenadora do Serviço de Brusque, a psicóloga Ionara Marques, informou que quatro crianças estão em famílias acolhedoras na cidade e três estão em abrigo. “Como não temos famílias aptas, elas acabam indo para um abrigo institucional”, destacou.
A promotora mencionou que a Promotoria da Infância e da Juventude entra com os pedidos para acolher as crianças que estão em uma situação de risco, geralmente causada pelos pais ou responsáveis. “Quando a criança é tirada dessa situação por ordem do juiz, ela pode por ir para uma instituição de acolhimento ou para uma família acolhedora. Ambas as situações provisórias até que se decida para onde ela vai definitivamente.”
Fernanda ressaltou que a família acolhedora não tem vínculo de parentesco com a criança acolhida. “Não é tio, não é avó. São pessoas que não têm vínculo com a criança, que se disponham a acolhê-la, enquanto se decide no processo qual vai ser o futuro dessa criança.”
O juiz falou que é importante que os vereadores contribuam para aprimorar o programa no município, assim como auxiliem na divulgação do mesmo. Ele também disse que a prioridade é encaminhar a criança para uma família acolhedora, não ao abrigo. “É o que nós sempre buscamos num primeiro momento, justamente para propiciar a essa criança, esse adolescente que foi acolhido, está sendo acolhido, um convívio mais próximo possível de uma família, de uma casa.”