O prefeito André Vechi (PL) e a bancada do programa Rádio Revista Cidade, da Cidade FM, discutiram sobre os primeiros 100 dias de governo da autoridade na manhã desta terça-feira (15). Dentre tantos, dois pontos foram pautados por Vechi como de maior visibilidade: o novo transporte coletivo e a implementação do esgoto sanitário.
Vechi disse que o processo de levantar dados, audiência pública e até a consulta pública foram feitos, e agora, a prefeitura está no Tribunal de Contas de Santa Catarina para dar andamento ao projeto. “É uma obrigação de uma concessão. O Tribunal tem até 90 dias para analisar e dar um retorno com feedback. Caso haja ajustes para serem aplicados, a prefeitura publica o edital. “Até o final deste semestre ou até o início do segundo semestre, nós vamos ter uma ou duas empresas – tanto para o transporte quanto para o esgoto – vencedoras para iniciar esse processo e trazer uma nova realidade para a cidade”, detalhou.
Outro tópico a ser pontuado é a redução na tarifa do ônibus. Atualmente, o cidadão paga quase R$ 5 para utilizar o serviço. Mas, André quer baixar o preço para R$ 3,50. Ainda, pretende criar novas linhas de ônibus com terminais regionais, que seriam construídos nos bairros Águas Claras, Steffen, Dom Joaquim e Santa Terezinha e ligados ao Terminal Urbano, no centro da cidade. A administração municipal ficaria responsável sobre o sistema.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) terá maior parte do seu investimento nos três e quatro primeiros anos, com cerca de 60% do valor. De acordo com o prefeito, a ETE tem chances de ser instalada nos terrenos da Estrada da Fazenda, nas regiões dos bairros Bateas, Santa Rita e Santa Terezinha no sentido Centro.
“As pessoas só irão começar a pagar a tarifa quando o serviço for prestado. Enquanto o esgoto não for coletado em frente a sua casa, não será cobrado”, garantiu. Vechi também disse que a empresa vencedora terá até 2033 para ter 90% da área coberta.
Segurança
Ainda não é momento de Brusque ter uma Guarda Municipal Armada. Para ele, o tema é sensível e envolve fatores como custo, sobreposição de funções com a Polícia Militar e questões institucionais.
Conforme Vechi, já houve uma conversa, neste ano, entre o Delegado Regional da Polícia Civil de Brusque, Fernando de Faveri, e o Comandante da Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Pedro Carlos Machado Junior. As três autoridades debateram sobre a proposta, mas que é preciso dados para melhor avaliar a proposta, junto da sociedade. “Não é uma decisão para ser tomada em gabinete”, pontuou.
Mais viaturas na rua é algo que também é visado. Na segunda-feira (28), o Prefeito irá levar a ideia ao Governador Jorginho Mello (PL) para que seja discutida, através do programa Santa Catarina Levada a Sério.
“Vai beneficiar não só Brusque, mas todas as cidades. A gente tem todo interesse em fazer esse aporte para colocar mais viaturas na rua.”
O secretário de Trânsito e Mobilidade, Emerson Luiz Andrade, também está avaliando a viabilidade da criação da Guarda Armada. A estimativa inicial da prefeitura é de 40 agentes, com custo de R$ 10 milhões no primeiro ano, em razão da necessidade de estruturação. Nos anos seguintes, o valor cairia para cerca de R$ 7 milhões, com foco na manutenção do serviço.