A polêmica envolvendo a possível criação de um terceiro banheiro em escolas da rede pública e privada de Brusque chegou ao fim. Durante a sessão desta terça-feira (15), o vereador Paulino Sestrem (PL) afirmou que a ideia não será levada adiante.
“Nós tivemos alguns amigos que não entenderam realmente qual era o intuito”, começou o parlamentar. “Estamos participando de uma reunião do Grupia, o Grupo de Proteção da Infância e Adolescência, e de lá veio uma sugestão, uma solicitação para que fosse discutida essa possibilidade. Não só do terceiro banheiro, mas o objeto da lei era, na verdade, a proibição de pessoas de sexos biológicos não compatíveis, por exemplo, um menino ou uma menina, usar o banheiro inverso. Invadir esse espaço das crianças”, explicou.
Segundo ele, a criação de um terceiro banheiro era apenas uma alternativa final dentro da discussão. “Lá tinha a possibilidade, na última instância, de ter um terceiro banheiro. Mas podia ser liberado o banheiro dos professores, dos serventes… Enfim.”.
O vereador destacou que o tema gerou polêmica a partir de uma matéria veiculada pela imprensa. “Criou-se toda essa situação. E é importante dizer que o anteprojeto nem está nessa Casa para discussão. Não é um projeto que foi protocolado aqui.” O anteprojeto teve como autores os vereadores Antonio Roberto, Felipe Hort, Jean Dalmolin, Valdir Hilsiman, Pedro Corrêa Neto e Léo Schmitd, além de Paulinho.
Sestrem ainda citou sua trajetória como defensor de pautas ligadas à infância. “Quem me conhece sabe que eu sou cristão. Os projetos que aportaram nesta Casa deste vereador foram sobre criança sem pornografia, um projeto agora recentemente aprovado, de contrapologia ao crime, ao sexo, à violência e às drogas.”
Segundo ele, após a repercussão, os vereadores envolvidos conversaram com o prefeito André Vechi. “A sociedade já deu a entender que não quer conversar sobre isso. Então a gente encerra por aqui. Não tem mais esse tipo de discussão nessa Casa — que nem estava aqui, e não vai chegar.”