A missionária Cida Belli, da Arquidiocese de Florianópolis, compartilhou detalhes comoventes de sua atuação no estado do Amapá, durante entrevista concedida ao Conexão 92, da Cidade FM. De volta temporariamente à Santa Catarina após três meses de missão, ela descreveu o trabalho no norte do Brasil como uma experiência transformadora tanto para os voluntários quanto para os moradores das comunidades atendidas.
“Essa missão do Amapá foi um chamado e é um trabalho maravilhoso, um trabalho fantástico que a gente desenvolveu naquele estado”, contou.
Cida explicou que a missão está inserida no projeto de igrejas-irmãs da Igreja Católica, por meio do qual a Arquidiocese de Florianópolis presta auxílio à Paróquia da cidade de Amapá, criada no início do século XX. A presença católica naquela região foi iniciada por missionários italianos do PIME e, mais recentemente, continuada por padres da arquidiocese catarinense.
Ela detalhou que sua permanência ocorreu entre fevereiro e o início de maio de 2025, período em que “teve objetivo” de trabalhar com diversas comunidades, especialmente em Buritis, no município de Calçoene, uma das localidades mais carentes da região. “Fiquei três meses fechadinho. Fiquei de fevereiro até início de maio”, explicou.
Um ponto de destaque da entrevista foi a abordagem respeitosa adotada pelos missionários. Segundo Cida, o objetivo da missão não é converter, mas sim levar uma mensagem de fé e esperança: “A nossa missão maior é levar a palavra de Deus. Não é convertê-los, achar que eles têm que ser católicos”.
Na comunidade onde atuaram, os católicos eram minoria diante da presença significativa de igrejas evangélicas. Ainda assim, a missão buscou construir uma base sólida para a Igreja Católica local, incentivando práticas como catequese, grupos de oração e celebrações eucarísticas.