Na manhã desta quinta-feira (12), a Cidade FM abordou o momento decisivo que vive o Hospital Azambuja, em Brusque, que está prestes a passar pela última etapa antes de receber a habilitação como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) através do Sistema Único de Saúde (SUS). Os entrevistados — o gestor administrativo do hospital, Gilberto Bastiani, e a gerente operacional da unidade, Sheila Citadini — falaram mais sobre o assunto durante o programa.
Essa etapa envolve uma visita técnica do Ministério da Saúde, prevista para ocorrer entre os dias 23 e 25 de junho. Durante os três dias de vistoria, os técnicos farão reuniões com autoridades regionais e visitarão também o Hospital Imigrantes. Segundo Gilberto, o objetivo é confirmar se toda a estrutura e documentação estão de acordo com as exigências federais.
“Eles vão verificar todas as instalações, fazer reuniões com o Poder Executivo, com os prefeitos e secretários de Saúde da região, e depois vão definir se o serviço será implantado só no Azambuja ou também no outro hospital”, explicou.
A estrutura oncológica do Azambuja foi concluída em outubro de 2023. Gilberto afirma que todos os requisitos técnicos já foram atendidos, incluindo a contratação das equipes e a organização dos fluxos de atendimento.
“A parte física estrutural do Hospital Azambuja está toda pronta. Já inauguramos junto com o governador Jorginho Mello. As equipes estão todas contratadas, o alvará sanitário está em dia. Eles vêm agora verificar o fluxo de atendimento, desde a entrada até a saída do paciente.”
A gerente operacional Sheila Citadini destacou que o hospital já cumpre quase todos os critérios exigidos pelo Ministério da Saúde para a UNACON, incluindo áreas específicas e equipe qualificada.
“Hoje, 99% dos serviços estão dentro do hospital. Temos os médicos, cirurgiões oncológicos, registros atualizados e estrutura física adequada, como poltronas para quimioterapia e área de manipulação de medicamentos.”
Com capacidade para atender até 60 pacientes por dia em sessões de quimioterapia, o hospital pretende prestar assistência regionalizada, beneficiando moradores de Brusque, Guabiruba, Botuverá e cidades vizinhas — uma abrangência estimada em cerca de 400 mil pessoas.
Questionado sobre os prazos, Gilberto explicou que, após a visita, o processo entra na fase orçamentária e na emissão da portaria ministerial. A expectativa é de que o credenciamento aconteça ainda no segundo semestre.
“A gente acredita que, como essa é a última etapa, e depois entra só a parte orçamentária do Ministério da Saúde, ali para julho, no mais tardar agosto, deve estar habilitando o serviço”, finalizou.