Brusque registrou uma queda significativa no número de pessoas em situação de rua, passando de 131 para 49 desde o início do ano. A informação é do Secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Brusque, Volnei Montibeller, em entrevista à Cidade FM na manhã desta segunda-feira (23).
De acordo com o secretário, a cidade tem atualmente a menor população em situação de rua entre as cidades da região. Ele destacou que o dado é resultado de uma política contínua de atendimento. “Não há divulgação, é no silêncio, o trabalho é no silêncio. Sem sensacionalismo, assim como pediu o prefeito”, afirmou.
Desde 14 de janeiro, data em que o secretário assumiu o cargo, a equipe realiza rondas e acolhimentos com foco no diálogo e na escuta individualizada. O objetivo, segundo ele, é entender as causas que levaram cada indivíduo à rua e encaminhá-los para tratamentos, acolhimento ou retorno à cidade de origem.
Parte das ações inclui também a triagem dos perfis atendidos. De um lado, estão pessoas em vulnerabilidade extrema, como dependentes químicos ou com transtornos psiquiátricos; de outro, estão os chamados “malandrones” — termo usado durante o programa para se referir àqueles que não aceitam ajuda, não têm vícios e se recusam a trabalhar. “Se quiserem, eles vão pro abrigo, mas não pode voltar no outro dia para bebida, nada de droga”, explicou.
Para reforçar a segurança e o monitoramento, a prefeitura prepara a implantação de um sistema de reconhecimento facial nas entradas da cidade. A ferramenta vai ajudar a mapear a circulação de pessoas em situação de rua, especialmente aquelas que chegam de outros municípios. Além disso, campanhas como “Não dê esmola” continuam sendo incentivadas como forma de estimular a reinserção pelo trabalho e desestimular o assistencialismo.