(VÍDEO) Pesquisadora revela documentos inéditos sobre colonização em Brusque

No programa Rádio Revista Cidade desta terça-feira (22), a escritora, pesquisadora e educadora Maria do Carmo Ramos Krieger trouxe à tona um importante e pouco conhecido capítulo da história de Brusque: a imigração polonesa e sua ligação com a formação do município. Em entrevista emocionante e recheada de relatos históricos, ela falou sobre documentos inéditos, descobertas pessoais e o impacto da colonização europeia na identidade cultural da região.

Apaixonada pela pesquisa histórica, Maria do Carmo relembrou o início de sua trajetória ao lado do historiador brusquense Ayres Gevaerd, que a incentivou a estudar a presença polonesa em Santa Catarina, um tema até então pouco explorado. “Foi um verdadeiro garimpo. Na época, seu Ayres me deu acesso a documentos originais do Departamento de Terras, e me encantei com o que descobri. Eram registros que nunca haviam sido estudados”, contou.

A pesquisadora revelou que os primeiros poloneses chegaram a Brusque em agosto de 1869, em um movimento espontâneo, diferente das imigrações alemã e italiana, que foram incentivadas pelo governo imperial com promessas de terras e instrumentos agrícolas. “Vieram por vontade própria, motivados por suas realidades na Europa. Foram cerca de 80 pessoas que, após dois anos, migraram para o Paraná, onde hoje há forte presença polonesa, como no bairro Abranches, em Curitiba”, explicou.

Um dos momentos marcantes da entrevista foi a menção à descoberta do registro de nascimento da primeira criança polono-brasileira em Brusque: Izabella Kokot. Outra descoberta importante foi o batizado de Tomas Irenovski, registrado em 25 de agosto de 1869, considerado hoje uma data simbólica da chegada dos poloneses à cidade. “Esse registro está na Cúria Metropolitana de Florianópolis e foi uma das confirmações mais emocionantes do meu trabalho”, destacou com orgulho.

Maria do Carmo também diferenciou os ciclos migratórios, esclarecendo que muitos sobrenomes poloneses comuns em Brusque hoje, como Walendowsky e Witkowski, não pertencem à primeira leva de imigrantes, mas sim a ondas posteriores, a partir de 1889. “Poucos ficaram da primeira imigração. A maioria seguiu para Curitiba, onde as tradições polonesas ainda são muito vivas”, comentou.

Durante a conversa, ela refletiu sobre a importância da memória e do cuidado com os registros históricos. “Hoje se pensa que tudo está pronto, digitalizado, mas o trabalho de pesquisa exige esforço, paciência e, muitas vezes, ir até onde ninguém foi ainda”, disse, referindo-se aos anos dedicados à cópia manual de documentos e à busca em acervos físicos.

Além de compartilhar dados históricos, Maria do Carmo emocionou-se ao relembrar os laços afetivos com Brusque, cidade onde cresceu e que guarda grande parte de sua memória. “Voltar aqui e ver algumas casas antigas ainda de pé me toca profundamente. A história está nas ruas, nas pessoas, e precisa ser preservada.”

A entrevista ainda foi marcada por homenagens e participações de ouvintes, que relembraram momentos vividos ao lado da pesquisadora, destacando seu papel como educadora e sua ligação com nomes importantes da história local. Ao final, foi lembrado que Maria do Carmo é irmã de Dom Murilo Krieger, arcebispo emérito de Salvador.

Com sua fala envolvente e firme, a pesquisadora reafirma o valor de resgatar o passado como ferramenta de identidade e pertencimento. “A história não se inventa. A gente busca, comprova, e assim reconstrói o que fomos para entender o que somos.”

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