Na noite desta quinta-feira (21), o presidente do Carlos Renaux, Altair Rech, o Taíco, foi o convidado do programa Batendo Papo, Batendo Bola e comentou sobre a polêmica envolvendo o gramado sintético do Estádio Augusto Bauer. O dirigente rebateu as declarações do presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti, que havia afirmado que o campo seria interditado após a Copa Santa Catarina.
Segundo Taíco, a forma como o assunto foi colocado pela federação foi inadequada. “O Rubinho foi infeliz nas palavras. Mesmo que exista um ofício, não se pode jogar isso no ar dessa forma. Brusque e Renaux vão disputar a Série A e a federação deveria estar para ajudar, e não atrapalhar”, disse.
O dirigente lembrou que o estádio passou por manutenção e recebeu laudos técnicos que atestam a condição do campo. “Nós fizemos todos os testes, e o gramado foi liberado para jogos. A Soccer Grass é uma empresa séria, não iria colocar um produto inferior. Esse gramado é apto para qualquer campeonato brasileiro”, garantiu.
Questionado sobre a possibilidade de troca, Taíco rechaçou a ideia. “Falar em trocar um gramado com menos de um ano de uso é absurdo. Ontem mesmo completou um ano do primeiro jogo oficial no campo. Não faz sentido mudar a regra de um ano para o outro e simplesmente dizer: se virem, clubes”, criticou.
Uma das alternativas cogitadas seria a instalação do chamado shock pad, manta de amortecimento que já existe em outros estádios. O presidente explicou que a medida não é obrigatória, mas poderia ser avaliada: “Claro que o shock pad melhora, mas não é exigência. O custo é alto, gira em torno de um milhão de reais, mas seria possível colocar aproveitando a mesma grama”.
Taíco também revelou que o clube está preparado para recorrer judicialmente, se necessário. “Ontem estivemos reunidos com o permutante e com o nosso advogado. Se precisar, vamos acionar juridicamente, mas acreditamos que a situação vai ser resolvida com os laudos da Soccer Grass”, afirmou.
O presidente ainda destacou que existe um entendimento com o Brusque FC para que os dois clubes sigam utilizando o Augusto Bauer. “Estamos trabalhando em conjunto. O Brusque tem interesse em continuar jogando aqui e estamos alinhados para buscar soluções. O contrato segue vigente e queremos garantir que tanto Renaux quanto Brusque possam disputar o Catarinense de 2026 no estádio”, concluiu.