Na noite desta quinta-feira (21), o presidente do Carlos Renaux, Altair Rech, o Taíco, foi o convidado do programa Batendo Papo, Batendo Bola e falou sobre o acesso histórico do clube à Série A do Campeonato Catarinense. O dirigente destacou a emoção da conquista e a preparação para a final da Série B, além dos desafios que vêm pela frente.
“Cara, ainda não caiu a ficha. Acho que a gente tá comemorando ainda”, disse Taíco, lembrando que o grupo já está focado na decisão do campeonato. Sobre a ausência do goleiro Airon, herói na semifinal ao defender dois pênaltis, o presidente explicou: “Foi um choque, claro, mas o Alan já está conosco há três anos e sabíamos que estava preparado. Infelizmente teve a infelicidade no gol que tomamos, mas estávamos confiantes”.
Questionado sobre o futuro do elenco, Taíco adiantou que a base será mantida para a disputa da Copa Santa Catarina e para o Catarinense de 2026. “Nem todos ficam, nunca fica 100%, mas serão poucas trocas. A espinha dorsal segue, com jogadores como o Airon, o Cássio e o Mago. Nosso trabalho começou lá em janeiro, com o sub-20, e os frutos vieram agora”, afirmou.
O presidente também destacou a aposta no técnico Diego, promovido da base durante a Série B. “Há anos a gente procurava um treinador com esse estilo. O Diego encaixou, surpreendeu pela maneira como foi acolhido pelos atletas. Com certeza vai continuar na Copa Santa Catarina e na Série A”, garantiu.
Sobre a diferença de patamar que encontrará na elite, Taíco reconheceu a disparidade. “Vamos enfrentar clubes com folhas de quatro milhões. A nossa hoje não passa de cem mil. Mas até aqui fizemos muito com pouco. Com uma base sólida e apoio de empresários da região, acredito que podemos competir”, disse.
O dirigente também falou da relação com o Brusque FC, que seguirá dividindo o Estádio Augusto Bauer. “Eu sempre disse que o Brusque é rival em campo, mas parceiro fora dele. A cidade só tem a ganhar com os dois na Série A. Vai movimentar hotelaria, gastronomia, vai ter jogo todo fim de semana”, comentou.
Para Taíco, o acesso também é uma oportunidade de estruturar o clube financeiramente. “O objetivo é ter calendário anual. Antes eram três ou quatro meses, agora podemos trabalhar o ano inteiro, buscar sócio-torcedor, dar visibilidade. Foi rápido o acesso, em oito anos desde o retorno. Trabalhamos com os pés no chão e não vamos fazer loucura na Série A”, concluiu.