O debate sobre a representatividade política do Vale do Itajaí voltou à tona nesta segunda-feira (1º), com a participação de João Martins em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade. O ex-candidato a prefeito de Brusque refletiu sobre a dificuldade que a região tem enfrentado para eleger deputados estaduais e federais e defendeu que a união das lideranças locais é fundamental para que a comunidade não continue perdendo espaço em decisões importantes no Estado. “Nós não termos um deputado é uma vergonha para a nossa região”, afirmou.
Durante a entrevista, ele falou sobre os convites que recebeu de diferentes partidos e também sobre a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, destacando que o foco principal é fortalecer a voz de Brusque, Guabiruba e Botuverá.
Martins contou que esteve em diálogo com legendas como o PP/União Progressista e o Novo, mas destacou que se tratam apenas de sondagens políticas comuns nesse período. “Foi só uma conversa, para a gente poder entender qual era a ideia deles”, explicou. Mesmo assim, reconheceu que já recebeu projetos e propostas, mas nada que o fizesse abandonar sua atual sigla.
Questionado sobre sua permanência no PSD, o ex-candidato foi claro ao dizer que essa é a tendência mais forte no momento. “Então veja bem, hoje, digo para ti que 70%, 80%, a possibilidade de eu continuar onde é que eu estou, certo?”, ressaltou. Ele afirmou que não toma decisões de forma isolada e que todas as possibilidades são discutidas com o grupo político que o acompanha desde a eleição municipal.
No campo das propostas, João destacou temas que considera prioritários para a região, como o reforço no efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, a conclusão do Centro de Inovação e investimentos em infraestrutura viária. Ele lembrou ainda dos 19.691 votos que recebeu quando disputou a prefeitura em 2020, número que, segundo ele, reforça sua legitimidade para colocar o nome novamente à disposição.
Encerrando a entrevista, Martins voltou a minimizar a pressa em definir o partido pelo qual concorrerá. “Para mim é apenas um instrumento para que se possa participar das eleições”, concluiu.