Entre tecidos, linhas e agulhas, as estudantes do Clube da Costura e Arteterapia da Escola de Ensino Fundamental Oscar Maluche desenvolvem competências e habilidades para além de uma futura profissão. Há quatro meses sendo realizado no educandário, durante o contraturno das aulas, o projeto, de iniciativa da coordenadora pedagógica Marcela J Cadore Witkowsky, apresenta a costura como lazer, terapia e fonte de renda.
Para instigar as estudantes nessa jornada, integrando educação e mercado de trabalho, a escola promoveu uma visita aos laboratórios do curso de Design de Moda da UNIFEBE. O intuito, revela a professora Marcela, era ampliar a visão de mundo das alunas, enfatizando o quanto a dedicação e o estudo são essenciais para o crescimento pessoal.
Recepcionadas pela coordenadora do curso, professora Jô Rosa, as estudantes visitaram o espaço criativo e prático do curso. No laboratório de Moda, as alunas puderam conferir um pouco do que os acadêmicos de Design de Moda vivenciam ao longo da Graduação. “A visita foi incrível e muito acolhedora. A coordenadora Jô, por meio de sua fala e seu depoimento pessoal, inspirou as estudantes de uma forma muito intensa. Percebi o quanto a visita fortaleceu a autoestima delas, e como se viram capazes, criativas, pertencentes e possíveis futuras profissionais, ressignificando a relação delas com o aprendizado e com elas mesmas”, avalia a professora Marcela.
O Projeto
Desenvolvido pela voluntária, amiga da escola e mãe da professora Marcela, o projeto atende às estudantes uma vez na semana, com aulas de costura. Durante as oficinas, as participantes têm a oportunidade de desenvolver diversas habilidades, como criatividade e expressão, autonomia e autoestima, melhorar as relações interpessoais, e aprender a diminuir a ansiedade e o estresse no processo criativo. “É um projeto que trabalha toda a questão socioemocional de uma forma indireta, além de aprenderem uma nova habilidade como oportunidade para empreender”, explica a idealizadora do projeto. A iniciativa surgiu, conta a coordenadora, que já atua há sete anos na escola, após o acompanhamento de diversas situações de vulnerabilidade social entre as famílias e alunos, como crises de ansiedade e gravidez precoce, por exemplo.
Aproximar as estudantes da costura e da moda, como meio de transformação social, foi o que incentivou o curso a recepcionar o projeto e se colocar à disposição como parceiro da iniciativa. “Essas meninas têm encontrado na costura uma forma de ter esperança, e veem nessa área uma maneira de mudar de vida. Para o curso, foi uma visita muito especial e cheia de significado, principalmente por percebermos que somos capazes de transformar vidas. Nosso objetivo é, por meio da Extensão Universitária, envolver os nossos acadêmicos no projeto e seguir com a nossa missão comunitária, de responsabilidade social, com uma visão humanizada”, complementa a coordenadora do Curso de Design de Moda da UNIFEBE, professora Jô Rosa.
