A reportagem da Cidade FM esteve no bairro Aymoré, em Guabiruba, para conhecer de perto a realidade do Canil Aymoré. No local, o responsável, Carlos Becker, explicou as dificuldades que enfrenta para manter cerca de 30 cães, em meio a uma dívida que já chega a R$ 70 mil a R$ 80 mil, envolvendo prestações atrasadas do terreno e despesas acumuladas em clínicas veterinárias.
O canil funciona há três anos, após Becker transferir os animais que já acolhia para um terreno comprado a prestações. Como não conseguiu manter os pagamentos, a proprietária ingressou na Justiça pedindo a reintegração de posse. Caso o pedido seja acatado, os animais podem ficar sem destino.
“Se acontecer isso, eu não vou abrir as portas deles. A Justiça que faça isso, porque existe a lei dos maus-tratos. Eu não tenho onde botar e não tenho pra onde levar”, afirmou Becker.
Além do risco de perder o espaço, o custo diário com alimentação, cerca de 25 quilos de ração por dia, se tornou insustentável. O canil sobrevive apenas com doações esporádicas, que não cobrem todas as necessidades. No ano passado, um surto de cinomose provocou a morte de 26 cães, aumentando ainda mais a dívida com clínicas veterinárias.
A maioria dos cães foi resgatada em situações de abandono, principalmente na região da Guabiruba. Becker contou que já buscou apoio do poder público e até do Ministério Público, mas esbarrou na falta de registro como ONG, requisito para receber repasses. O custo para formalizar uma entidade gira em torno de R$ 20 mil, valor inviável diante das despesas atuais.
Atualmente, todas as fêmeas do canil estão castradas, com apoio de voluntários, mas a manutenção diária segue como maior desafio. Becker pede ajuda da comunidade e de empresários:
“Se 70 ou 80 empresários se unissem, cada um com R$ 1 mil, eu resolveria toda a causa animal aqui”, destacou.
Quem quiser contribuir pode entrar em contato diretamente pelo telefone (47) 9 9985-9144.