Na manhã desta quarta-feira (24), no Rádio Revista Cidade, o novo diretor-presidente do Samae, Rodrigo Cesari, afirmou que a autarquia articulou com a Prefeitura um convênio específico com a Secretaria de Obras para acelerar a recuperação do asfalto na Rua General Osório. Segundo ele, a alternativa foi desenhada logo após assumir o cargo, com o objetivo de evitar mais atraso no trecho que ficou comprometido depois das intervenções na via.
Cesari explicou que a execução esbarrou em uma exigência formal de orçamento e que a solução será votada pelos vereadores ainda nesta semana. “Quinta-feira a gente terá uma sessão extraordinária, onde a gente vota isso, aprova, e já na quinta à noite, a depender agora da burocracia, de quando vai chegar da Câmara para a Prefeitura, a gente começa já na quinta à noite, mais tardar na sexta-feira.” Ao comentar o entrave, reforçou o respeito ao rito: “Infelizmente, a gente precisa respeitar a burocracia, a gente precisa respeitar a burocracia, e a burocracia, ela existe.”
Sobre prazo e método de trabalho, o diretor estimou até uma semana para a normalização do trecho, com frentes noturnas para reduzir impactos no trânsito. “Em conversa com o Ivan, eu acredito que no máximo cinco dias a gente deve concluir. No máximo cinco dias.” O serviço incluirá fresagem, correção de base onde necessário e posterior aplicação de capa asfáltica, para evitar novos afundamentos.
No campo contratual, Cesari informou que foi aberto processo administrativo contra a empresa que executou os serviços de pavimentação vinculados às valas, com possibilidade de sanções e multa. Ele confirmou que cerca de 40% do valor contratado já foi pago e que caberá ao processo definir eventual devolução. Em paralelo, após a rescisão, a segunda colocada da licitação passará a ser acionada para demandas de vala contínua, enquanto o convênio com a Secretaria de Obras valerá apenas para resolver a General Osório e o início da Hercílio Luz.
O dirigente também apresentou um panorama dos investimentos estruturais do Samae: aumento da capacidade de tratamento na ETA Central (com módulo que elevará a produção para 400–415 L/s após testes), novos reservatórios (Bruscal, 500 mil L; projeto no Rio Branco, 1 milhão L; e outro na Volta Grande, 2 milhões L), além de ampliações de rede — como a adutora de 400 mm pela Alberto Müller para reforçar o abastecimento da Limeira, onde o gargalo principal é distribuição (não produção).
Por fim, Cesari destacou a prioridade em reduzir perdas de água com tecnologia e equipe dedicada. “Hoje a perda do Samae é cerca de 20% da água tratada. 20%.” Embora o índice esteja abaixo da média nacional citada na entrevista, ele afirmou que não se conforma com esse patamar e quer acelerar a detecção de vazamentos em tempo real. O novo diretor também enfatizou seu foco em gestão de pessoas, dando condições para que os servidores executem “o melhor trabalho possível para a população”.