O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta nesta semana, sobre os riscos da intoxicação por metanol, substância altamente tóxica encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. A preocupação cresceu após a confirmação de 10 casos no estado de São Paulo, subindo nesta semana para 52 pessoas intoxicadas e 6 pessoas que entraram em óbito por conta do metanol.
Durante coletiva, Padilha explicou que os sintomas podem levar até 24 horas para aparecer, o que torna o diagnóstico mais difícil e perigoso. “A dor abdominal em cólica é um dos primeiros sinais e se diferencia da azia ou desconforto comum após o consumo de álcool”, destacou. Outro sintoma característico é a alteração na visão, como flashes, luzes e, em casos mais graves, cegueira.
A intoxicação ocorre quando o metanol, ao ser metabolizado no fígado, se transforma em substâncias altamente tóxicas, como o ácido fórmico e o formaldeído, que afetam o sistema nervoso central e o nervo óptico.
Padilha também ressaltou que hidratar-se ao notar os primeiros sinais pode ajudar a reduzir a gravidade da intoxicação. No entanto, ele foi enfático ao recomendar que a população não tente nenhum tipo de tratamento caseiro e busque imediatamente os serviços de saúde. “Os centros especializados contam com o antídoto correto, registrado no Brasil, e sabem como lidar com esses casos”, afirmou.
Emergência médica e canais de apoio
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. Em caso de sintomas como náuseas, vômitos, sudorese, dor abdominal intensa ou perda de visão, a orientação é procurar atendimento de urgência e entrar em contato com os canais especializados:
Disque-Intoxicação (Anvisa): 0800 722 6001
Também é fundamental identificar e orientar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida, para que procurem avaliação médica imediatamente. A demora no atendimento aumenta o risco de sequelas graves e morte, alerta o Ministério da Saúde.